quinta-feira, setembro 19, 2024
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Paciente com ELA controla Alexa usando a mente após implante cerebral nos EUA

Um homem de 64 anos com esclerose lateral amiotrófica (ELA) conseguiu controlar a assistente virtual Alexa usando apenas o pensamento, após receber um implante cerebral nos Estados Unidos. O experimento foi divulgado na segunda-feira (16) pela startup Synchron, que desenvolveu a tecnologia de interface cérebro-computador (BCI).

Identificado como Mark, o paciente sofre de ELA, doença que provoca a perda progressiva do controle muscular. Embora ainda possa caminhar e falar, Mark perdeu os movimentos dos braços e mãos. Após o implante do chip cerebral, ele conseguiu operar dispositivos inteligentes em sua casa sem interação física ou vocal, utilizando apenas o recurso Tap to Alexa no tablet Amazon Fire.

A tecnologia permite que Mark selecione blocos personalizados no dispositivo móvel, realizando ações como ligar e desligar luzes, reproduzir músicas, controlar eletrodomésticos, fazer compras na Amazon e até realizar videochamadas, tudo por meio de sinais transmitidos diretamente do cérebro.

Como Funciona o Implante Cerebral?

O chip foi inserido em um vaso sanguíneo na superfície do cérebro, através de um procedimento minimamente invasivo realizado pela veia jugular. Uma vez implantado, o BCI detecta e transmite intenções motoras, permitindo que pacientes com paralisia grave recuperem a capacidade de controlar dispositivos eletrônicos.

“Ser capaz de gerenciar aspectos importantes do meu ambiente e controlar o acesso ao entretenimento me devolve a independência que estou perdendo”, comemorou Mark, que já utilizava a tecnologia para acessar a internet e enviar e-mails usando apenas o pensamento.

A Synchron, rival da Neuralink de Elon Musk, destacou que essa integração com a Alexa representa um avanço para tornar rotinas diárias mais acessíveis para pessoas com paralisia. “Enquanto muitos sistemas de casas inteligentes dependem de voz ou toque, estamos enviando sinais diretamente do cérebro, eliminando a necessidade dessas entradas”, explicou Tom Oxley, CEO da startup.

Esse marco oferece uma nova esperança de autonomia para pessoas com limitações motoras graves, abrindo portas para um futuro onde a tecnologia pode restaurar independência por meio da interação direta com o cérebro.

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