Na manhã desta quarta-feira (3), a VI Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e do Caribe (CRDS), realizada em Brasília, abordou temas como desigualdade, mobilidade e coesão social. O evento proporcionou um espaço para a troca de experiências e análise do cenário regional.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, enfatizou a importância da integração socioeconômica. Segundo ele, garantir que as questões sociais façam parte da estratégia de desenvolvimento econômico é essencial. “A política de apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade permite que esse grupo participe da economia”, destacou.
Dias argumentou que a transferência de renda e a oferta de oportunidades de trabalho e empreendedorismo contribuem para o crescimento dos países. “Ao sair da pobreza, o ciclo econômico ganha força, beneficiando diversas áreas e melhorando a qualidade de vida”, afirmou.
Estefanía Enríquez, representante do Ministério do Desenvolvimento Humano do Equador, ressaltou que a conferência fortalece a luta contra a pobreza e as desigualdades. “Nosso objetivo coletivo é avançar para um desenvolvimento social integral e resiliente, garantindo direitos em todas as fases da vida”, afirmou.
A vice-ministra de Proteção Social da Guatemala, Bertha Zapeta, destacou a necessidade de mapear as populações vulneráveis. “Atualizar os dados sobre essas pessoas é fundamental. A proteção social é um direito humano e deve estar no centro de nossas ações”, acrescentou.
Maria Ines Esquivel, secretária técnica do Gabinete Social do Panamá, enfatizou a importância da cooperação internacional como fonte de inovação. “A luta contra a pobreza e a fome requer uma imersão produtiva, contribuindo para um futuro melhor”, disse.
A economista chefe do PNUD para a Conferência Regional da América Latina e Caribe, Almudena Fernández, mencionou os desafios que dificultam a superação da pobreza. “Pressões como crises climáticas, transformações tecnológicas e envelhecimento populacional estão exacerbando esse desafio.”
Durante o debate, delegações puderam apresentar os principais obstáculos e objetivos para combater desigualdades em suas nações, além de questionar o ministro sobre iniciativas em andamento no Brasil.
O evento é promovido pelo Governo do Brasil, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A VI CRDS visa promover um diálogo entre governos, organismos internacionais, academia e sociedade civil para avançar em um desenvolvimento social mais inclusivo e sustentável. O encontro começou na terça-feira (2) e se estenderá até quinta-feira (4).
A Cepal apresentou o documento “América Latina e Caribe 30 anos depois da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social: rumo a um pacto mundial pelo desenvolvimento social inclusivo”, que analisa os avanços e desafios da região desde 1995 em questões de desenvolvimento social, redução da pobreza e fortalecimento dos sistemas de proteção social.
Toda a programação do evento está sendo transmitida ao vivo pelos canais oficiais da Cepal e pelo YouTube do MDS.
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