Um acontecimento impressionante despertou o interesse da comunidade de criptomoedas: um mineiro de Bitcoin, utilizando um modesto equipamento de mineração chamado Bitaxe, ganhou uma “loteria” ao minerar um bloco completo da criptomoeda, faturando incríveis 6,25 BTC.
À época do sucesso do minerador, um único Bitcoin estava cotado a aproximadamente $64.000, o que significa que a façanha rendeu ao afortunado a soma de $206.000. Notavelmente, o investimento no hardware que tornou tudo isso possível foi de meros $179 – e mais impressionante ainda é o tamanho do dispositivo: ele cabe na palma da mão.
A conquista foi anunciada pela Altair Technology, vendedora do ASIC de código aberto produzido pela Bitaxe, que utilizou o Twitter para parabenizar o mineiro. A empresa enfatizou o feito notável de minerar o primeiro bloco de Bitcoin de forma solo com um hashrate aproximado de 500 Gh na plataforma de mineração ckpooldev.
A história chama a atenção por diversas razões, em especial pela improbabilidade de ocorrer. Tomando por base a força computacional necessária para minerar Bitcoin, o sucesso do minerador é comparável a ganhar na loteria, devido às chances extremamente baixas – algo em torno de 1 em 1,1 bilhão.
No mundo da mineração de criptomoedas, a tendência é o uso de hardwares cada vez mais robustos e poderosos, o que frequentemente se traduz em um consumo elevado de energia. Relatórios indicam que um grupo de apenas 137 mineiros de criptomoedas pode responder por 2,3% do total de energia consumida nos EUA. Contudo, como evidenciado pelo sucesso do Bitaxe, o poder de computação não garante necessariamente que se vença a concorrência em todos os casos.
A mineração de Bitcoin é muitas vezes comparada a uma loteria, devido ao fato de que os mineiros devem custear a energia despendida, mesmo que não consigam obter Bitcoins como recompensa de suas operações. Juntar-se a um pool de mineração é uma alternativa para aumentar as chances de obtenção de recompensas, dividindo-se os lucros conforme a contribuição de cada participante.
Entretanto, para dispositivos como o Bitaxe, que não operam na escala de petahash, a recomendação da Altair Technology é adotar um enfoque de “mineração de loteria”, aceitando as minúsculas chances de obter um bloco inteiro por si só.
É importante frisar que esses métodos não devem ser encarados como um investimento garantido. A expectativa de retorno pode demorar mais de 20.000 anos se considerada a possibilidade remotíssima de 1 em 1,1 bilhão, com retornos que provavelmente seriam superados por um investimento bem menos volátil em um fundo do índice S&P 500, por exemplo.
Este evento impõe um momento de reflexão para aqueles engajados na mineração de Bitcoin, oferecendo tanto uma perspectiva sobre a improbabilidade do sucesso quanto sobre a possibilidade de resultados surpreendentes a partir de pequenos investimentos. Para quem acompanha o mundo da criptomoeda e tecnologia, o TecMania é uma fonte constante de informações atualizadas sobre esses e outros eventos notáveis do setor.
