terça-feira, setembro 9, 2025
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Porto sem Papel salvou 30 mil árvores e reduziu a emissão de 72 mil toneladas de CO₂

O Programa Porto sem Papel (PSP), uma iniciativa do Governo Federal sob coordenação do Ministério de Portos e Aeroportos, alcançou resultados significativos no âmbito da sustentabilidade. Desde sua criação, a digitalização dos processos portuários evitou o uso de aproximadamente 342,8 milhões de folhas de papel, equivalente a 1.579 toneladas, o que representa a preservação estimada de 30,6 mil eucaliptos, consolidando o compromisso do setor portuário brasileiro com práticas ecológicas.

O PSP foi desenvolvido com o objetivo de reduzir a burocracia portuária, promovendo a unificação de todas as informações necessárias para a atracação e operação das embarcações em uma plataforma digital. Anteriormente, a operação exigia a entrega de diversos formulários físicos a diferentes órgãos. Atualmente, com a centralização dos dados, armadores e agentes de navegação podem iniciar o preenchimento do Documento Único Virtual (DUV) durante a viagem do navio, antes da atracação. Essa prática proporciona maior previsibilidade, acelera a liberação e diminui o tempo que as embarcações permanecem nos portos.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o Porto sem Papel representa um marco na modernização do setor, ressaltando que a digitalização traz ganhos de eficiência ao mesmo tempo em que reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade. “Estamos mostrando que é possível modernizar o setor, reduzir burocracia e contribuir para a preservação do meio ambiente”, afirmou.

Essa agilidade tem consequências diretas na sustentabilidade: além da significativa economia de papel, a digitalização também ajuda a diminuir o tempo de espera dos navios, impactando na redução do consumo de combustível e nas emissões de gases do efeito estufa. Entre 2013 e 2024, o sistema evitou a liberação de cerca de 72 mil toneladas de CO₂ na atmosfera, resultado da maior eficiência operacional.

Antonio Teixeira, gerente de operações do GAC, empresa de logística marítima com atuação no Brasil, afirmou que o programa mudou a dinâmica de trabalho no setor. Ele destacou que é possível preencher até 90% da documentação antes da chegada da embarcação, reduzindo o tempo de liberação de quatro ou cinco horas para até duas em alguns casos. “O Porto sem Papel é uma ferramenta absurdamente benéfica e se consolida como uma das melhores mudanças do setor nos últimos anos”, declarou.

Teixeira também mencionou que os benefícios vão além do aspecto ambiental, apontando que antes era necessário imprimir grandes quantidades de papel e deslocar-se até os órgãos, enquanto hoje todo o processo pode ser gerenciado do escritório ou de casa, reduzindo deslocamentos, custos e estresse.

Na visão de Teixeira, o Porto sem Papel se tornou sinônimo de qualidade no trabalho e na vida, além de aumentar a eficiência para quem utiliza o sistema de maneira adequada. Com resultados em ascensão, a iniciativa se estabelece como um dos principais marcos na modernização do sistema portuário brasileiro, conciliando competitividade com responsabilidade socioambiental.
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