Professores se Especializam em Cultura Oceânica e Sustentabilidade por meio de Novo Curso
Em um mundo cada vez mais consciente das mudanças climáticas e da importância da conservação dos oceanos, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) surge com uma proposta inovadora. Em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), o órgão anunciou a oferta de um curso de especialização em cultura oceânica e sustentabilidade, voltado para professores graduados da educação básica. Com 1.050 vagas disponíveis, a iniciativa reflete um compromisso com a formação de educadores e a conscientização socioambiental.
O curso, com carga horária total de 360 horas e duração de um ano, terá início no segundo semestre de 2025. A distribuição das vagas acontecerá por meio de sete instituições de ensino superior localizadas em quatro regiões brasileiras. Cada uma das universidades participantes, como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), contribuirá com 150 vagas, permitindo que um número expressivo de educadores obtenha essa qualificação.
O MCTI, o Ministério da Educação (MEC), a Marinha do Brasil e a UNESCO estão envolvidos na realização desse projeto, que foi discutido em uma reunião realizada em Brasília, onde foram ressaltadas as diretrizes do curso e seu potencial de impacto na educação.
De acordo com o diretor de Educação a Distância da CAPES, Antônio Amorim, a proposta é não apenas formar professores, mas também criar um acervo pedagógico que poderá ser utilizado em aulas e projetos futuros. Ele sugeriu que as escolas possam desenvolver iniciativas de iniciação científica vinculadas ao estudo dos oceanos e suas ecologias.
As discussões sobre a cultura oceânica se sustentam em sete princípios essenciais que destacam a diversidade do oceano, seu papel no clima e as interconexões entre a humanidade e os ecossistemas marinhos. Essas diretrizes guiarão os conteúdos abordados ao longo do curso e poderão influenciar práticas pedagógicas nas salas de aula.
Ademais, uma sugestão do secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Ricardo Jaques Ferreira, inclui a possibilidade de atividades práticas em que os alunos poderão sair à navegação em navios da Marinha, promovendo o aprendizado sobre segurança e respeito ao meio aquático.
O impacto esperado vai além da formação técnica; é um apelo por uma nova conscientização que se inicia na infância, preparando as futuras gerações para uma convivência harmoniosa com o oceano e seus recursos. “É preciso olhar o Oceano que temos, entender a ciência que precisamos para termos o Oceano que queremos”, afirmou Ronaldo Christofoletti, presidente do Grupo de Especialistas em Cultura Oceânica da Unesco.
Assim, a CAPES propõe um movimento integrado de educação e ciência que busca, essencialmente, formar educadores conscientes de suas responsabilidades na transmissão dos conhecimentos sobre o oceano e suas relações com a sustentabilidade.
Perguntas Frequentes
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Quem pode se inscrever no curso de especialização em cultura oceânica e sustentabilidade?
- O curso está aberto para professores graduados das redes públicas de educação básica, atuantes nos ensinos fundamental e médio.
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Quantas vagas estão sendo oferecidas?
- São 1.050 vagas disponíveis, distribuídas entre sete instituições de ensino superior.
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Qual é a carga horária e a duração do curso?
- O curso terá uma carga horária total de 360 horas e deve durar um ano, com início no segundo semestre de 2025.
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Quais instituições estão oferecendo o curso?
- As universidades participantes incluem a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Federal do Pará (UFPA), e outras cinco instituições federais e estaduais.
- Quais são os principais objetivos do curso?
- O principal objetivo é aprimorar o conhecimento dos professores sobre os oceanos e sua relação com a sustentabilidade, incorporando esses temas nas práticas pedagógicas e promovendo a conscientização ambiental nas comunidades escolares.