Neuzide da Paz, 53 anos, mãe de 12 filhos e residente de um assentamento rural em Frei Paulo, no estado de Sergipe, relembra os tempos difíceis em que enfrentou a fome. “Eu já passei muita fome, mas hoje estou melhor”, disse. Atualmente, ela celebra uma nova fase em sua vida: “Hoje, graças ao PAA, não vai ter mais fome na minha casa. Só vai ter todo mundo sorrindo e de barriga cheia.”
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, é gerido em Sergipe pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania. Reconhecido como fundamental no combate à insegurança alimentar, o PAA foi retomado em 2023 e desempenhou um papel significativo na retirada do Brasil do Mapa da Fome da ONU.
Por meio do programa, o Governo Federal adquire produtos de agricultores familiares, garantindo uma fonte de renda para eles e distribuindo os alimentos na rede socioassistencial, além de em escolas e outros locais públicos, proporcionando uma alimentação saudável aos que mais necessitam.
Luiz Campos, 27 anos, coordenador estadual do PAA, destaca a importância da iniciativa: “É um trabalho maravilhoso, que tira os agricultores da dependência de atravessadores e garante alimentos de qualidade, sem agrotóxicos, para a população e entidades socioassistenciais.”
Desde o relançamento do programa, mais de duas mil toneladas de alimentos foram distribuídas em Sergipe, beneficiando diretamente mais de 700 agricultores e aproximadamente 30 mil famílias em situação de vulnerabilidade em cerca de 60 municípios.
Luiz Campos enfatiza a gratificação que vem do reconhecimento das famílias atendidas: “Quando entregamos a cesta de alimentos, vemos pessoas chorando, agradecendo e nos abraçando. Cada entrega torna nosso esforço significativo.”
Evandro Souza, 43 anos, agricultor familiar de Cristinápolis, exemplifica a transformação promovida pelo PAA. Ele abandonou sua antiga profissão como mototaxista e pedreiro para se dedicar à agricultura depois de conseguir um terreno em um assentamento. “Aqui planto de tudo: abóbora, melancia, milho, feijão. Além do governo comprar nosso alimento, estamos matando a fome de quem não tem condições”, afirmou, expressando esperança para o futuro de sua família.
Alaudice Santos, 55 anos, que cuida sozinha de sua plantação após perder a visão do marido, celebra o trabalho que realiza. “É prazeroso saber que o alimento cultivado por nós está ajudando pessoas em vulnerabilidade”, comentou. Para ela, o programa significa sustento e dignidade. “É através desse programa que eu tiro o sustento da minha família. Daqui para frente, desejo ver o Brasil sem fome e fartura na mesa de todas as pessoas”, finalizou.
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