Projeto Mirante é Reconhecido com o Prêmio Innovare por Enfrentar a Violência Institucional no Brasil
Brasília (DF) – No último dia 11 de dezembro, o Projeto Mirante, uma poderosa iniciativa que visa combater a violência institucional no Brasil, foi homenageado com o Prêmio Innovare. Este reconhecimento veio na categoria Defensoria Pública, após uma rigorosa seleção entre 732 projetos apresentados. A premiação, promovida pela associação Instituto Innovare, destaca iniciativas que contribuem para o aprimoramento da Justiça no país.
Desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF) e as defensorias públicas do Rio de Janeiro e de São Paulo, o Projeto Mirante se destaca por elucidar casos de violência Estadual através do uso de ciências forenses. A iniciativa atende a uma demanda urgente, especialmente após casos de letalidade policial e violações de direitos humanos que frequentemente permanecem sem a devida investigação.
A secretária de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho, enfatizou a necessidade do projeto, que já trouxe resposta a inúmeras famílias que aguardavam por justiça. “Superar as barreiras do acesso à justiça é imprescindível. O Projeto enfrenta injustiças sistêmicas e potencializa políticas públicas voltadas para reparação”, afirmou. O Ministério da Justiça e Segurança Pública investiu R$ 2,8 milhões na ação, com o apoio de emendas parlamentares, sinalizando um investimento robusto em uma causa vital.
“Com o apoio do Mirante, a Defensoria Pública está reabrindo casos de violência praticada por agentes do Estado que não foram investigados de forma adequada”, comentou o secretário Nacional de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira. Ele também ressaltou o impacto positivo do projeto em oferecer alento às famílias afetadas pela violência estatal.
O coordenador do projeto, Daniel Hirata, expressou seu orgulho pelo reconhecimento e dedicou a premiação aos núcleos de direitos humanos das defensorias. “Estamos implementando ciências forenses de forma inovadora e essencial para uma justiça que atenda realmente os que mais necessitam”, disse.
Desde seu início, o Projeto Mirante já atendeu 58 casos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, produzindo relatórios técnicos e utilizando metodologias inovadoras, como modelagem 3D e análise geoespacial. Essa abordagem interdisciplinar busca não apenas a investigação rigorosa dos casos, mas também a formação de novos profissionais especializados na área.
A defensora pública-geral do Rio de Janeiro, Patrícia Cardoso, destacou a importância do projeto como uma mudança de paradigma no combate à violência estatal. “Mirante é um marco para a justiça no Brasil e um estímulo para todas as defensorias lutarem por um sistema de justiça mais humano e acessível”, afirmou.
O Projeto Mirante, portanto, não é apenas uma iniciativa inovadora, mas uma verdadeira resposta às gerações que buscam reparação e justiça diante das tragédias da violência institucional.
Perguntas e Respostas sobre o Projeto Mirante
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O que é o Projeto Mirante?
- O Projeto Mirante é uma iniciativa desenvolvida pela UFF e defensorias públicas do Rio de Janeiro e São Paulo, com apoio do Ministério da Justiça, que visa investigar casos de violência institucional usando ciências forenses.
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Qual foi a importância do Prêmio Innovare para o Projeto Mirante?
- O Prêmio Innovare trouxe reconhecimento nacional para o projeto, destacando sua contribuição significativa para o aprimoramento da Justiça no Brasil e incentivando sua expansão para outras regiões.
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Como o Projeto Mirante atua na solução de casos de violência institucional?
- O projeto realiza investigações técnicas e científicas nos casos de violência, produzindo laudos e relatórios que ajudam a elucidar situações de letalidade policial e violações de direitos humanos.
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Quantos casos o Projeto Mirante já atendeu?
- Até o momento, o Projeto Mirante já atendeu 58 casos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
- Que metodologias são utilizadas no Projeto Mirante?
- O Projeto utiliza diversas metodologias inovadoras, incluindo modelagem 3D, análise geoespacial, etnografia, e pesquisa de campo, entre outras, para investigar e documentar casos de violência institucional.