domingo, julho 27, 2025
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Quando a Música Brasileira Despertou um Robô da NASA em Marte

O Samba em Marte: A Curiosa Conexão entre Música e Exploração Espacial

O samba, um dos ritmos mais emblemáticos do Brasil, conquistou o mundo com sua batida contagiante e sua rica história cultural. Um episódio inusitado revela uma surpreendente conexão entre o samba e a exploração espacial: a famosa canção "Coisinha do Pai", de Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos, foi escolhida para "acordar" o rover Sojourner da NASA em Marte.

Um Marco na Exploração de Marte

Em 4 de julho de 1997, o Sojourner, parte da missão Mars Pathfinder, fez história ao se tornar o primeiro rover a pousar na superfície marciana. Desde então, a equipe da NASA em Terra começou a tocar músicas como uma maneira simbólica de iniciar o dia para o robô, marcando o começo de suas atividades diárias.

A Escolha Cativante do Samba

Após seis dias da missão, a responsável por selecionar a trilha sonora foi a engenheira brasileira Jacqueline Lyra. Em sua missão, ela pensou em uma maneira especial de se conectar com o robô, decidindo que um samba poderia transmitir o carinho da equipe pela máquina. "Coisinha do Pai" foi escolhida, representando não apenas uma homenagem à cultura brasileira, mas também um gesto afetuoso da equipe que acompanhava o Sojourner.

Características do Sojourner

O rover era uma inovação tecnológica do seu tempo, equipado com seis rodas, duas câmeras e uma variedade de instrumentos científicos. Com um tamanho modesto de 65 cm de comprimento e pesando 11,5 kg, ele era alimentado por energia solar e se comunicava com a Terra através do módulo de pouso.

Projetado para operar por apenas sete dias, o Sojourner surpreendeu ao funcionar por 83 sóis (85 dias terrestres), fornecendo 550 imagens e realizando análises químicas valiosas sobre a superfície marciana antes de perder comunicação em outubro de 1997.

Um Legado Musical e Científico

A presença do samba em Marte não só ilustra a paixão pela música, mas também destaca a intersecção entre a arte e a ciência. A ideia simples de usar uma canção para despertar um robô em outro planeta acabou se tornando um símbolo da colaboração internacional e da criatividade humana.

Assim, enquanto o samba continua a embalar corações no Brasil e além, a lembrança de "Coisinha do Pai" em Marte serve como um testemunho de que, independentemente da distância, a música pode criar laços que transcendem fronteiras e até mesmo planetas.

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