Mercado de Carros Elétricos na Europa Registra Retomada em Janeiro, com Crescimento Marcante da Volkswagen
Após um ano desafiador, em que as vendas de carros elétricos caíram 5,9% em 2024, o mercado europeu começa 2025 com uma surpreendente recuperação. Em janeiro, foram emplacados mais de 166 mil veículos elétricos na região, representando um crescimento de 37,3% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Essa alta encaixa-se em um contexto de preocupação na União Europeia, que pondera implementar um pacote de incentivos para revigorar o setor, após o declínio das vendas em 2024. Se a tendência de crescimento se mantiver ao longo do ano, as montadoras podem olhar para o futuro com otimismo.
Segundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (Acea), alguns países se destacaram pelo expressivo aumento no segmento de elétricos: a Itália registrou um crescimento de 126,2%, seguida pela Dinamarca (+123,3%), Noruega (+89,8%), Alemanha (+53,5%) e Espanha (+48,5%). Na contramão, a França teve uma leve queda de 0,5%, mas seu impacto nas vendas totais foi considerado irrelevante.
Dentre as montadoras, a Volkswagen se destacou com um impressionante crescimento de 203%, impulsionada pelas vendas dos modelos ID.3, ID.4 e ID.7. A BMW também apenas se destacou, com um aumento de 36% nas vendas do modelo iX1. No entanto, a Tesla, tradicional líder nesse mercado, enfrentou dificuldades, registrando uma queda de 46% em suas vendas, com apenas 10.491 unidades emplacadas. O Model Y, apesar da queda geral, permaneceu como o segundo carro mais vendido, com 6.066 licenciamentos.
A situação da Tesla pode estar relacionada a polêmicas envolvendo seu CEO, Elon Musk, e novas tensões políticas, como o governo de Donald Trump nos EUA. Tal cenário pode ter contribuído para a diminuição do apelo da marca entre os consumidores.
À medida que o fenômeno dos carros elétricos ganha força novamente na Europa, as montadoras esperam que essa tendência de alta se veja refletida não apenas em janeiro, mas ao longo de todo o ano, permitindo que a indústria se adapte às exigências de emissões cada vez mais rigorosas da União Europeia.