Participação social na saúde é tema de reunião na Tailândia
Na última semana, Bangkok foi palco de uma reunião significativa que reuniu representantes de diversos países para discutir a implementação da resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre participação social na saúde. O evento, que contou com a presença do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e do Ministério da Saúde do Brasil, teve como foco principal a criação de políticas públicas de saúde mais justas e equitativas, por meio da inclusão da sociedade civil nos processos de decisão.
A reunião realizou-se no contexto da 77ª Assembleia Mundial de Saúde, onde 36 países membros assinaram uma resolução histórica que reconhece pela primeira vez a importância da participação social na formulação de políticas de saúde. Além do Brasil e da Tailândia, que sediou o encontro, o grupo focal também inclui representantes da Eslovênia, França, Tunísia e Noruega.
Durante a reunião, os países participantes definiram um plano de trabalho inicial que abrange o período de 2025 a 2030. A proposta inclui a formação de uma rede global com múltiplos parceiros, visando a efetivação das ações previstas na resolução. A Organização Panamericana da Saúde (Opas) e o Brasil têm a responsabilidade de liderar os esforços na região das Américas, focando na ampliação da participação de países de língua portuguesa e da América Latina.
Fernando Pigatto, presidente do CNS, destacou a importância das contribuições do Brasil para o plano de ação. Ele reforçou a necessidade de se ampliar o número de países envolvidos na rede e de promover iniciativas que já estão em andamento. "Teremos desdobramentos fundamentais, buscando o aperfeiçoamento de iniciativas onde elas acontecem e a implantação em lugares que ainda não conta com esse tipo de atuação", afirmou.
Indiara Gonçalves, representante da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais (Aisa), também enfatizou o valor desse encontro, visto como um exercício crucial para definir as próximas etapas da implementação. A intenção é não apenas manter a interação entre os países das Américas, mas também incluir na discussão países da África.
A diretora de colaboração global da Comissão Nacional de Saúde da Tailândia, Nanoot Mathurapote, expressou confiança na participação social como um meio para resolver problemas complexos de saúde, especialmente em tempos desafiadores, como os provocados pelas mudanças climáticas.
O grupo focal planeja se reunir novamente em janeiro de 2025, em um encontro virtual, para destacar as prioridades que levarão ao lançamento oficial da rede, programado para coincidir com a 78ª Assembleia Mundial de Saúde, em abril de 2025, em Genebra.
Perguntas e Respostas sobre a Participação Social na Saúde
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O que é a resolução da OMS sobre participação social na saúde?
- A resolução é um reconhecimento da importância da inclusão da sociedade civil na formulação de políticas de saúde, buscando tornar essas políticas mais justas e equitativas.
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Quais países estão envolvidos na implementação dessa resolução?
- Atualmente, os países participantes incluem Brasil, Tailândia, Eslovênia, França, Tunísia e Noruega.
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Qual será o próximo passo após essa reunião de Bangkok?
- O grupo focal se reunirá virtualmente em janeiro de 2025 para definir ações prioritárias antes do lançamento oficial da rede na 78ª Assembleia Mundial de Saúde em abril de 2025.
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Por que a participação social é importante na saúde?
- A participação social proporciona um espaço para que a população influencie as decisões de saúde, assegurando que as políticas atendam às reais necessidades da comunidade.
- Quem lidera a condução da resolução na região das Américas?
- A Organização Panamericana da Saúde (Opas) e o Brasil estão à frente da condução das ações relacionadas à resolução na região.