quarta-feira, julho 30, 2025
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REVISÃO | Mandragora: Whispers of the Witch Tree é a combinação de metroidvania e soulslike que você definitivamente deve conhecer.

Créditos: Divulgação/Primal Game Studio

O que aconteceria se combinássemos os gêneros metroidvania e soulslike em um só jogo? O resultado é Mandragora: Whispers of the Witch Tree, um divertido título da produtora húngara Primal Game Studio, disponível para PC, PlayStation 5, Xbox Series S|X e Nintendo Switch.

O jogo foi viabilizado por meio de uma campanha no Kickstarter, lançada em 2022, que contou com mais de 5 mil colaboradores e arrecadou cerca de US$ 300 mil para seu desenvolvimento.

Embora tenha chegado às prateleiras em abril deste ano, o lançamento inicial foi marcado por alguns problemas. Agora, com atualizações realizadas em julho de 2025, a experiência final pode ser considerada definitiva.

Mandragora: por que você deve dar uma chance ao game?

Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um game 2.5D que mescla elementos metroidvania e soulslike. Os jogadores podem esperar mapas intrincados, preenchidos com áreas secretas, aliados a um nível de dificuldade acima da média, mas superável com a prática e o reconhecimento dos padrões dos inimigos.

A narrativa do jogo não se destaca, apesar da presença de diálogos e textos em documentos e artefatos encontráveis. O roteiro é de Brian Mitsoda, o mesmo autor de Vampire: The Masquerade – Bloodlines, mas a trama em si não é particularmente envolvente.

No início, o jogador escolhe um Inquisidor e uma entre seis classes: Vanguarda, Agente das Chamas, Arcanista do Caos, Sombra da Noite, Guardião Selvagem e Celestial. A missão, a serviço do Clérigo Rei, é eliminar as forças sombrias que invadiram a realidade de Faelduun e afastar as criaturas que ameaçam a paz local.

Arte visual caprichada

Um dos aspectos que mais se destacam em Mandragora: Whispers of the Witch Tree é o seu visual. As artes dos cenários assemelham-se a pinturas, com elementos de primeiro e segundo planos elaborados com grande cuidado.

Com uma trilha sonora envolvente, a ambientação se torna um dos pontos fortes do jogo. Mesmo que alguns combates apresentem repetitividade, o clima instiga o jogador a prosseguir.

Jogabilidade acessível e fator replay satisfatório

Dentre todos os elementos de Mandragora: Whispers of the Witch Tree, a jogabilidade é um dos maiores atrativos. Embora o jogo apresente problemas, como movimentação lenta em certos combates, a evolução é possível.

Conforme o jogador avança e distribui pontos de habilidade, a experiência se transforma. É viável utilizar até duas classes de uma só vez, e a variedade de itens e equipamentos é impressionante, com mais de 300 opções disponíveis.

A mecânica do jogo se sobrepõe à história. Ou seja, o jogador se verá “viciado” em completar missões e desbravar o mapa pelo encantamento do jogo, e não pela narrativa em si.

A evolução do personagem requer a realização de muitas missões secundárias, e coletar dicas nos diálogos com os NPCs é igualmente valioso, tudo em bom português. Essas mecânicas estimulam a exploração meticulosa dos mapas.

Combates poderiam ser mais instigantes

Embora não seja um ponto negativo per se, a variedade de inimigos poderia ser maior, o que leva a uma repetição excessiva de mecânicas de ataque. A memorizar os padrões de ataque dos chefes se torna essencial; eles são previsíveis, mas leva tempo até se adaptar a cada um. Essa persistência é o que constitui a diversão do jogo.

Embora os jogadores menos pacientes possam encontrar frustrações, aqueles que perseverarem terão recompensas garantidas. O desejo de enfrentar e superar desafios constantemente se mantém.

Vale a pena?

Para os fãs do gênero, Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um título que deve figurar entre os desejados. Sua capacidade de equilibrar elementos metroidvania e soulslike é notável, e mesmo quem não é adepto de jogos desafiadores poderá avançar nos combates com astúcia.

Mandragora é um ótimo entretenimento, mas não espere uma narrativa elaborada.

O aprendizado significativo acontece no reconhecimento dos padrões de ataque dos inimigos. Enfrentá-los sem estratégia não é o ideal; é necessário paciência e observação dos movimentos adversários. Algumas mortes são inevitáveis antes de alcançar o sucesso.

Mandragora: Whispers of the Witch Tree conquista pela persistência. A jogabilidade se revela acessível, fazendo com que os desafios pareçam mais fáceis, embora a realidade seja diferente. Após descobrir a estratégia e superar um obstáculo, a sensação de conquista é recompensadora.

Prós

Arte visual caprichada

Boa mistura de elementos soulslike e metroidvania

Possibilidade de usar mais de uma classe com o mesmo personagem

Árvore de evolução rica e versátil com centenas de itens disponíveis

A exploração vale muito a pena para colecionistas

Contras

História fraca e pouco envolvente

Pouca variedade de inimigos

Combate inicial mais lento pode desestimular

Mandragora: Whispers of the Witch Tree, na versão para PC (Steam), foi gentilmente cedido pela Primal Game Studio para a realização desta análise.

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