quinta-feira, setembro 19, 2024
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Rússia ameaça cortar cabos submarinos e desencadear crise na internet global

A Rússia intensificou suas ameaças geopolíticas ao sugerir que pode atacar os cabos submarinos que sustentam a infraestrutura global de internet. Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, afirmou que esses cabos, responsáveis por 95% da comunicação mundial pela internet, são agora um “alvo legítimo”, principalmente após investigações apontarem o envolvimento de países ocidentais na explosão do gasoduto Nord Stream 2.

O Nord Stream 2, que transportava gás natural da Rússia para a Alemanha, foi um dos principais alvos de disputas internacionais, e o suposto envolvimento de nações ocidentais na explosão abriu caminho para a retórica agressiva de Medvedev. Ele afirmou que, caso seja comprovada a cumplicidade ocidental no ataque ao gasoduto, a Rússia não teria mais restrições para destruir as comunicações globais submarinas.

Em resposta às declarações, o Centro de Estudos Estratégicos Internacionais divulgou um relatório no fim de agosto, destacando as vulnerabilidades significativas dos países ocidentais, especialmente membros da OTAN. A interrupção dos cabos submarinos, de acordo com o relatório, paralisaria a economia global, comprometendo o comércio de bens e a comunicação militar, além de causar uma grande disrupção nos serviços de internet.

Embora os satélites também forneçam serviços de internet, suas bases terrestres ainda dependem de conexões via cabos submarinos, tornando-os igualmente vulneráveis. Especialistas apontam que, enquanto o Ocidente enfrentaria uma grave crise caso os cabos fossem cortados, a Rússia seria menos impactada. O país tem desenvolvido uma infraestrutura própria de internet, isolada do resto do mundo, e mantém sua conectividade com a China por meio de cabos terrestres, garantindo resiliência em caso de ataques aos cabos submarinos.

Embora as ameaças russas ainda sejam verbais, o presidente Vladimir Putin advertiu que a OTAN poderia se tornar um alvo direto, caso permita que mísseis de longo alcance sejam usados pela Ucrânia para atacar o território russo. Essa escalada de tensões sublinha a fragilidade das infraestruturas críticas globais e o risco crescente de uma guerra cibernética de proporções sem precedentes.

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