O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (2) no Rio de Janeiro um investimento adicional de R$ 170 milhões para a reestruturação, modernização e contratação de profissionais para os institutos federais e o Hospital da Lagoa. A medida visa ampliar o atendimento especializado e diminuir o tempo de espera por cirurgias na rede federal de saúde, dentro do programa Agora Tem Especialistas, que faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais.
Durante a coletiva, Padilha destacou: “Ninguém ficará para trás ou deixará de ser atendido. Estamos ampliando o atendimento, não fechando serviços. Estamos qualificando cada hospital, não desestruturando. Nosso compromisso é atender todos os pacientes que aguardam por serviços nas filas internas. Todos serão atendidos”.
Os recursos anunciados serão utilizados para a contratação de 2.059 profissionais, a abertura de 10 novas salas cirúrgicas e a criação de 166 leitos a mais, o que resultará em um aumento nas consultas, cirurgias, diagnósticos e tratamentos no Hospital da Lagoa e nos Institutos Nacionais de Câncer (INCA), Traumatologia e Ortopedia (INTO) e Cardiologia (INC). A medida também tem como objetivo facilitar o acesso da população a serviços especializados nas áreas de oncologia, ortopedia e cardiologia.
A assinatura de acordos de cooperação técnica entre Padilha e o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, garante a reestruturação e modernização dos institutos e a integração do Hospital Federal da Lagoa ao Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) da Fiocruz. Moreira comentou: “A Fiocruz atua em diversas áreas para o SUS. Com os acordos assinados, damos um importante passo para fortalecer os Institutos Nacionais”.
O presidente da Fiocruz também enfatizou a importância da integração entre o Hospital Federal da Lagoa e o IFF, destacando sua contribuição para ampliar os serviços de saúde voltados à mulher, criança e adolescente. Na primeira fase da integração, prevista ainda para 2025, serão priorizados os pacientes na fila de espera, com monitoramento contínuo e canais ativos de comunicação para evitar a desassistência.
Dentro do plano de reestruturação, haverá uma ampliação do funcionamento do centro cirúrgico e reabertura gradual de leitos, além da recomposição das equipes médicas e um forte investimento em infraestrutura, visando a modernização das instalações.
Para 2026, uma força-tarefa integrará os serviços de saúde, com foco em atender melhor a população nas áreas mencionadas. A transparência e a participação social são pilares do modelo de gestão descentralizada iniciado pela pasta em 2024, com a realização de audiências públicas que garantem o diálogo com a sociedade civil e profissionais da saúde.
Os novos recursos anunciados somam-se a R$ 1,023 bilhão já investidos pelo Ministério da Saúde desde 2024, totalizando R$ 1,193 bilhão destinados aos hospitais federais.
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