Seminário do MEC Apresenta Resultados Promissores do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral
No dia 17 de dezembro, o Ministério da Educação (MEC) realizou em Brasília um seminário para compartilhar os resultados da avaliação anual do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). O evento, organizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB), reuniu especialistas, gestores e representantes de escolas de diversas regiões do Brasil para discutir as conquistas e os desafios enfrentados no âmbito dessa iniciativa, que teve início em 2016 e busca melhorar a qualidade do ensino médio no país.
O estudo apresentado foi conduzido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ao todo, a pesquisa envolveu 74.794 alunos, 10.821 professores e 575 gestores escolares, abarcando tanto uma análise quantitativa, realizada em 575 escolas, quanto uma avaliação qualitativa em 20 instituições. O objetivo foi verificar se o programa cumpre suas metas e contribuir para melhorias em sua gestão.
Durante a abertura do seminário, a secretária da SEB, Kátia Schweickardt, destacou a relevância dos educadores e estudantes presentes, enfatizando que os dados gerados pela pesquisa são cruciais para entender a realidade do ensino médio em tempo integral no Brasil. A secretária ressaltou que, atualmente, mais de 7 milhões de estudantes estão matriculados no ensino médio público, sendo que 330 mil deles são beneficiados pelo EMTI.
Entretanto, Schweickardt também apontou desafios significativos, especialmente em relação à infraestrutura e à organização curricular. "A escola não pode ser um lugar onde os alunos simplesmente fazem mais horas de aula sem uma proposta pedagógica consistente. Temos que garantir que esses jovens tenham um aprendizado significativo", afirmou. Ela reiterou a importância de transformar a experiência escolar em algo que promova não apenas conteúdo, mas também desenvolvimento social e emocional.
A secretária também lembrou que mais de 75% dos estudantes do ensino médio no Brasil são pretos e pardos, uma diversidade que deve ser considerada ao elaborar currículos e práticas pedagógicas. "Se a escola não reconhece isso, não há como torná-la significativa para o nosso público", afirmou.
Além disso, o programa lançado em 2023, que ampliou as modalidades de ensino integrado, resultou em um aumento de mais de 1 milhão de matrículas em todo o país. "O ensino médio já atingiu 25% em tempo integral, uma meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação", concluiu Schweickardt.
O seminário contou ainda com a presença de diversos representantes das secretarias estaduais de educação e institutos parceiros, promovendo um espaço para a troca de experiências e boas práticas.
Perguntas Frequentes sobre o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral
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O que é o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral?
O programa, instituído em 2016, visa ampliar a jornada escolar e a formação integral dos estudantes no ensino médio público no Brasil, ajudando as escolas a implementarem essa modalidade. -
Quantos alunos e professores participaram da pesquisa apresentada no seminário?
A pesquisa contou com a participação de 74.794 estudantes, 10.821 professores e 575 gestores escolares de diversas instituições. -
Quais são os principais desafios identificados na pesquisa sobre o EMTI?
Os desafios incluem questões relacionadas à infraestrutura das escolas e à organização do currículo, que precisam ser superados para que a proposta de tempo integral seja realmente significativa. -
Qual foi o impacto do programa na matrícula de estudantes?
O programa resultou na inclusão de mais de 330 mil estudantes em tempo integral, contribuindo para que o ensino médio atingisse 25% de alunos em tempo integral, conforme estabelecido no Plano Nacional de Educação. - O EMTI considera a diversidade dos estudantes brasileiros?
Sim, a secretária Kátia Schweickardt destacou que mais de 75% dos estudantes do ensino médio são pretos e pardos, e esse aspecto deve ser essencial na formulação de currículos e práticas educativas.