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Seminário do SUAS: Reflexões Profundas sobre Desigualdades Raciais no Terceiro Dia de Discussões

Seminário em Brasília Reflete sobre Desigualdades Raciais no SUAS

Na última sexta-feira (21), Brasília foi palco do encerramento do seminário "Caminhos para a Equidade Étnico-Racial no Sistema Único de Assistência Social (SUAS)", promovido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O evento durou três dias e trouxe à tona os desafios persistentes no combate ao racismo e à desigualdade social no Brasil, com a participação de pesquisadores, autoridades e representantes da sociedade civil.

Durante a manhã, Cris Tupan, coordenador-geral dos Direitos Sociais Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, destacou a vulnerabilidade enfrentada pelas comunidades indígenas, reforçando a importância da participação dessas populações nas lutas sociais: “Nós temos uma realidade concreta em relação à vulnerabilidade indígena. A gente precisa se envolver mais nas lutas cotidianas”, afirmou.

O professor Erisvaldo Santos, da Universidade Federal de Ouro Preto, também trouxe sua perspectiva, enfatizando os esforços do Governo Federal em prol da superação das desigualdades raciais. Ele chamou a atenção para a invisibilidade que marcas os territórios e o preconceito enfrentado por aquelas que seguem religiões de matriz africana. "O assistente social pode até não ter religião, mas é sempre mais acolhedor com aqueles que têm pertencimento religioso judaico-cristão", destacou ele.

Já Zelma Madeira, secretária da Igualdade Racial do Ceará, frisou a necessidade de fomentar diálogos como o promovido neste seminário, de forma a construir um país mais democrático e consciente da enraizada estrutura do racismo: “Não teremos um Brasil mais democrático se não enfrentarmos esse nó que é o racismo estrutural”.

A professora Cida Bento fez um alerta sobre os desafios do capitalismo em relação à dignidade humana e à inclusão. “Não estamos falando só de inclusão, mas de enfrentamento de desigualdades”, afirmou. No painel final, Renato de Paula, coordenador do curso de Serviço Social da UFG, comentou sobre a importância de levar a discussão sobre equidade racial para além do SUAS, promovendo uma reflexão mais ampla na sociedade.

Elias de Sousa Oliveira, diretor do Departamento de Proteção Social Básica do MDS, ressaltou a importância da realização do seminário e a necessidade de transformar as discussões em ações efetivas nas gestões estaduais e municipais. Para ele, a tarefa é civilizatória, trazendo questões étnico-raciais para o centro do debate político.

Com o compromisso firmado entre os participantes, a expectativa é que os resultados do seminário sirvam como um primeiro passo para a implementação de uma equidade racial que permeie todos os aspectos da assistência social e da sociedade brasileira.


Perguntas e Respostas Frequentes

  1. Qual foi o principal objetivo do seminário "Caminhos para a Equidade Étnico-Racial no SUAS"?

    • O seminário teve como objetivo debater os desafios do racismo no Brasil e buscar formas de reduzir as desigualdades raciais e sociais dentro do Sistema Único de Assistência Social.
  2. Quem participou do seminário?

    • O evento contou com a presença de pesquisadores, autoridades governamentais, representantes de comunidades indígenas e afrodescendentes, além de acadêmicos e profissionais da área de assistência social.
  3. Por que é importante discutir a equidade étnico-racial no SUAS?

    • Discutir a equidade étnico-racial no SUAS é crucial para promover um sistema de assistência social mais inclusivo e eficaz, que reconheça e atenda as especificidades das populações afrodescendentes e indígenas, vítimas de desigualdades históricas.
  4. Qual o papel do Governo Federal na superação das desigualdades sociais?

    • O Governo Federal busca implementar políticas e ações que visem a superação das desigualdades sociais e raciais, promovendo a equidade e o respeito às diferenças através de programas e iniciativas específicas.
  5. Como as discussões do seminário podem impactar a sociedade?
    • As discussões podem resultar em políticas públicas mais eficazes e um maior engajamento da sociedade na luta contra o racismo, contribuindo para a construção de um Brasil mais democrático e igualitário.

Fonte
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