sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Seminário Explora Estratégias para Promover a Inclusão Produtiva da Juventude

Seminário Aponta Caminhos para Inclusão Produtiva de Jovens no Brasil

No último dia 6 de dezembro, um importante seminário intitulado “Juventude em Movimento: Caminhos de pós-aprendizagem e tendências da intermediação para o mercado de trabalho” foi realizado em São Paulo, reunindo instituições como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O evento enfatizou a necessidade urgente de investir na qualificação profissional dos jovens brasileiros, de modo a evitar uma crise de escassez de mão-de-obra qualificada no futuro.

A Lei da Aprendizagem (Lei Nº 10.097/00) foi destacada como uma das ferramentas cruciais para proporcionar essa qualificação, que pode servir como um caminho para a inclusão socioeconômica da juventude. Na ocasião, Gustavo Heidrich, oficial de programas da Unicef, ressaltou que a exclusão social, fruto da falta de acesso a uma educação de qualidade e a alta taxa de evasão escolar, pode resultar em condições de sub-renda para esses jovens ao longo e suas vidas.

Estatísticas do IBGE revelam um cenário alarmante: mais de 10 milhões de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil estão fora do sistema educacional e do mercado de trabalho. Heidrich enfatizou a necessidade de gerar oportunidades para que esses jovens, especialmente os que vêm de áreas periféricas, consigam acesso à renda e retornem aos estudos, evitando assim o envolvimento com atividades violentas.

Os desafios foram respaldados pelas palavras de Gabriel Vettorazzo, representante da OIT. Ele indicou que, apesar das empresas estarem cientes da obrigatoriedade de cumprir as cotas de aprendizagem, muitas ainda resistem em proporcionar formação adequada e oportunidades além do básico, limitando a evolução dos jovens a vagas em setores administrativos.

A auditora fiscal do Trabalho, Tais Arruti Lírio, levantou preocupações sobre um projeto em tramitação no Congresso que visa reduzir o tempo de formação teórica nos contratos de aprendizagem. Tais alertou que, sem uma educação robusta, as empresas não reconhecerão o valor dos jovens aprendizes, perpetuando um ciclo de precarização.

Andrea Matsui, da ONG Generation Brasil, destacou as barreiras que os jovens enfrentam para ingressar no mercado de trabalho. Entre elas estão os requisitos excessivos para vagas de nível inicial, a falta de preparação para os processos de empregabilidade e a dificuldade em manter-se no emprego devido a um sentimento de não pertencimento ou à falta de oportunidades de crescimento.

O seminário concluiu que o Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, firmado no final de 2023, representa uma esperança de transformação, proporcionando um caminho para a criação de uma política pública nacional que vise a inclusão produtiva dos jovens em situação de vulnerabilidade até 2030.

Perguntas e Respostas

  1. O que é a Lei da Aprendizagem e qual a sua importância?

    • A Lei da Aprendizagem (Lei Nº 10.097/00) é uma legislação que proporciona formação profissional para jovens. Sua importância reside em criar oportunidades de qualificação e inserção no mercado de trabalho, ajudando a combater a escassez de mão-de-obra qualificada.
  2. Quantos jovens estão fora do sistema educacional e do mercado de trabalho no Brasil?

    • Atualmente, mais de 10,3 milhões de jovens entre 15 e 29 anos estão nem estudando nem trabalhando no Brasil, segundo dados do IBGE.
  3. Quais são os principais desafios que os jovens enfrentam para entrar no mercado de trabalho?

    • Os principais desafios incluem exigências excessivas de qualificação para vagas de início, falta de preparação para processos de seleção e dificuldade em permanecer no emprego devido à falta de oportunidades de crescimento.
  4. Qual é o objetivo do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes?

    • O Pacto tem como objetivo construir uma política pública nacional que promova a inclusão produtiva dos jovens em situação de vulnerabilidade até 2030, por meio da criação de oportunidades de trabalho e oferta de formação profissional.
  5. Como as empresas podem contribuir para a inclusão produtiva de jovens no mercado de trabalho?
    • As empresas podem atuar promovendo uma formação engajada e diversificada, evitando requisitos demasiados para vagas de entrada, e criando um ambiente que favoreça o crescimento e a permanência dos jovens, valorizando sua integração e desenvolvimento profissional.

Fonte
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