Brasília Debate Caminhos para Redução do Uso de Agrotóxicos em Seminário do Pronara
No dia 3 de dezembro, Brasília foi palco do Seminário do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), um evento fundamental para discutir a problemática relacionada ao uso de agrotóxicos no Brasil. O seminário ocorreu no auditório da Sede do Ministério Público do Trabalho e fez parte da 26ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), coincidentemente no Dia Mundial de Luta contra os Agrotóxicos.
O evento reuniu representantes de vários segmentos, incluindo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, e o Ministério da Saúde. A programação incluiu mestras temáticas e palestras que refletiram sobre as experiências de manejo sustentável e produção agroecológica.
Fernanda Machiaveli, secretária-executiva do MDA, destacou a importância do trabalho colaborativo no desenvolvimento do Pronara. Ela enfatizou que a luta contra os agrotóxicos é uma causa coletiva, envolvendo agricultores, pesquisadores, sociedade civil e governo. “Essa luta tem a garra, a coragem e a determinação de muitos que se dedicaram a essa causa”, afirmou. O Ecoforte, um edital apoiado pela Fundação Banco do Brasil e BNDES, foi mencionado como uma iniciativa para fortalecer redes que fomentem a agroecologia.
O secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia, Vanderley Ziger, ressaltou o potencial do Pronara para a sustentabilidade da agricultura familiar no Brasil. Ziger afirmou que o programa é resultado de um esforço conjunto para enfrentar os desafios do modelo de produção convencional e almejar uma redução no uso de agrotóxicos no país, que atualmente é um dos maiores consumidores desses produtos.
Rogério Dias, presidente do Instituto Brasil Orgânico e integrante da CNAPO, destacou a necessidade de um Pronara que se mantenha dinâmico e adaptável às necessidades atuais. Para ele, a luta contra os agrotóxicos é um esforço que já se arrasta por mais de 50 anos e requer um engajamento contínuo e orientado.
O Pronara, criado em 2014, tem como objetivo reduzir a presença e o uso de agrotóxicos, orientando e organizando as iniciativas do governo e da sociedade civil em torno do consumo e da produção responsável desses insumos. O seminário também marcou a entrega da minuta do decreto e do relatório que concretizam os esforços realizados ao longo da última década em favor da agroecologia e da produção orgânica no Brasil.
A problemática dos agrotóxicos é de extrema relevância para a saúde pública, meio ambiente e agricultura familiar. O Pronara representa uma esperança para um futuro mais sustentável e seguro na produção de alimentos no Brasil.
Perguntas e Respostas
1. O que é o Pronara?
O Pronara, ou Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos, é uma iniciativa criada em 2014 que busca reduzir a utilização de agrotóxicos no Brasil. O programa envolve múltiplos ministérios e tem como objetivo promover práticas agrícolas sustentáveis e livres de produtos químicos nocivos.
2. Qual a importância do seminário realizado em Brasília?
O seminário é importante por discutir a presença e os impactos dos agrotóxicos na saúde e no meio ambiente, além de promover o compartilhamento de experiências no manejo sustentável e na produção agroecológica. É um espaço para ouvir diferentes vozes e experiências na luta contra os agrotóxicos.
3. Quais foram as principais propostas debatidas no seminário?
As principais propostas debatidas incluem a necessidade de um Pronara dinâmico, a transição agroecológica na agricultura familiar e a inclusão de medidas específicas para a educação e a saúde, visando uma mudança abrangente no paradigma de produção de alimentos.
4. Quais são os riscos associados ao uso de agrotóxicos?
O uso de agrotóxicos está associado a diversos riscos, incluindo problemas de saúde como intoxicações, doenças crônicas, além de impactos negativos no meio ambiente, como contaminação do solo e da água, e perda de biodiversidade.
5. O que os cidadãos podem fazer para se envolver nesta luta?
Cidadãos podem se envolver apoiando a agricultura local e orgânica, exigindo informações sobre a origem dos alimentos que consomem, participando de iniciativas comunitárias que promovam a agroecologia, e apoiando políticas públicas que visem a redução do uso de agrotóxicos.