Em Brasília, Silvio Costa Filho participa de evento sobre mudanças climáticas e sustentabilidade no setor de transportes
Na terça-feira, 23 de novembro de 2024, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, esteve presente na 4ª edição do ciclo de seminários "Brasil Rumo à COP 30", promovido pelo Grupo CCR e pela Editora Globo em Brasília. O evento teve como objetivo debater as contribuições do setor de transportes para o combate às mudanças climáticas e as propostas que o Brasil apresentará na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que acontecerá em Belém, no Pará.
Durante o evento, foram discutidos temas cruciais como a transição energética e a necessidade de reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O ministro destacou que essa descarbonização é prioritária não apenas para atender a demanda internacional, mas também para garantir os investimentos no setor. "Esse é um tema muito importante para a economia brasileira e estamos, neste momento, fazendo a consolidação da economia do país", afirmou Costa Filho.
O ministro enfatizou o papel do Brasil como um jogador importante na economia mundial, ressaltando que, nos últimos dois anos, o país abriu mais de 192 mercados internacionais, o que aponta para um crescimento no setor portuário e de aviação. Ele também falou sobre a importância das hidrovias para a logística do país, mencionando que cada 25 barcaças nas hidrovias é equivalente a 500 caminhões a menos nas rodovias, contribuindo assim para a redução de custos logísticos e emissões.
Na seara das concessões, Costa Filho anunciou avanços significativos na concessão de canais de acesso a portos brasileiros, com os portos de Paranaguá, Santos e Itajaí como os primeiros a serem concedidos. "Essa é a primeira vez na história do Brasil que o governo voltou sua atenção para as hidrovias", informou.
Outro ponto abordado foi o combustível sustentável de aviação (SAF). Segundo Costa Filho, o Brasil se posiciona para ser um dos principais exportadores de SAF, e a legislação já estabelece metas para a sua utilização no setor aéreo até 2050.
Além do apoio a iniciativas para impulsionar a sustentabilidade nos setores portuário, hidroviário e aeroviário, o ministério tem promovido a criação da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação e investido em diversos projetos para modernizar o transporte aquaviário de forma mais eficiente e menos poluente.
O evento contou ainda com a presença de outros ministros e autoridades federais, evidenciando a importância do diálogo entre os setores público e privado na busca por soluções sustentáveis e eficazes para enfrentar a crise climática.
Perguntas e Respostas
1. O que é a COP 30 e qual a sua importância?
A COP 30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, onde países se reúnem para discutir e negociar ações para combater as mudanças climáticas. É um evento crucial para fortalecer compromissos globais e definir metas para a redução das emissões de GEE.
2. O que foi discutido no evento liderado por Silvio Costa Filho?
O evento abordou temas relacionados à sustentabilidade no setor de transportes, como a descarbonização, a transição energética e as propostas que o Brasil levará para a COP 30, enfatizando a importância do transporte aquaviário e os avanços nas concessões portuárias.
3. Como a descarbonização do transporte contribui para a economia?
A descarbonização do transporte é vista como uma estratégia para atrair investimentos internacionais e garantir uma logística mais eficiente, resultando em menores custos para o transporte de mercadorias e na redução das emissões de poluentes.
4. Quais são as novas metas para o uso do combustível sustentável na aviação?
A legislação brasileira estipula que até 2027, 1% dos combustíveis utilizados na aviação devem ser sustentáveis, com a meta de atingir 10% até 2050, posicionando o Brasil como um potencial exportador de SAF.
5. Quais projetos e investimentos estão sendo feitos para fomentar a sustentabilidade no setor de transportes?
O Ministério de Portos e Aeroportos está investindo R$ 4,1 bilhões em empreendimentos hidroviários e criando iniciativas como a Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, além de um Programa BR do Mar para promover o transporte aquaviário, menos poluente e mais eficiente.
