A Steam implementou uma mudança importante em sua política de vendas, que está alinhada com uma nova legislação da Califórnia, válida a partir de 2025. A partir de agora, os usuários que comprarem jogos ou softwares na plataforma serão informados que, na verdade, estão adquirindo uma licença de uso, e não a propriedade dos produtos em si.
Essa atualização nos termos de venda se reflete claramente no carrinho de compras, onde a mensagem “a compra de um produto digital concede uma licença para o produto no Steam” deixa explícita a natureza da transação. O objetivo é garantir que os consumidores estejam cientes de que, embora adquiram acesso aos títulos, não obtêm a posse plena, o que pode incluir possíveis alterações no futuro ou até a remoção de conteúdos.
Essa mudança foi motivada pela assinatura, em setembro, de uma lei pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom, que requer que todos os estabelecimentos digitais especifiquem que seus produtos são, na verdade, licenças. O movimento surgiu em resposta a incidentes como o da Ubisoft, que descontinuou suporte para um de seus jogos e retirou conteúdo das bibliotecas dos usuários, e da decisão da Sony de remover outro título de seu catálogo.
Vale destacar que essa mesma legislação se aplica a diversos tipos de conteúdos digitais, incluindo música, filmes e livros. A Steam, portanto, parece ser pioneira nessa nova abordagem, que provavelmente será adotada por outras plataformas ao redor do mundo, especialmente considerando a relevância do mercado norte-americano.
Para os usuários da Steam, as implicações práticas podem ser limitadas, já que a plataforma não tem o histórico de remover conteúdos da biblioteca de seus usuários. No entanto, para aqueles preocupados com a possibilidade de perda de acesso, plataformas alternativas, como a GOG, que não possuem restrições de DRM, podem ser uma opção mais segura.
