A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participou nesta quarta-feira (3/9) do evento Rodada de Negócios – Rota Bioceânica, realizado na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), em Campo Grande (MS). O encontro reuniu autoridades brasileiras e chilenas para discutir o fortalecimento da cooperação bilateral, ampliar associações empresariais e impulsionar projetos estratégicos, como o programa Rota de Integração Sul-Americana.
Participaram do evento o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes; a diretora do Departamento de Integração Regional do Ministério das Relações Exteriores, Daniela Benjamin, que representou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil; o presidente da FIEMS, Sérgio Longen; o ministro da Economia, Fomento e Turismo do Chile, Álvaro García Hurtado; e o Governador Regional de Tarapacá, José Miguel Carvajal.
Em seu discurso, Tebet ressaltou os benefícios econômicos da Rota 4 do programa de interligação continental, também conhecida como Rota Bioceânica de Capricórnio. Segundo a ministra, as obras do trecho brasileiro devem ser concluídas em 2026, com potencial para impulsionar o PIB dos países envolvidos, criando novas oportunidades e fortalecendo setores como turismo, gastronomia e hotelaria.
“A integração pode dobrar a nossa balança comercial em apenas cinco anos. O que compramos no Chile ou vendemos a ele, assim como as transações com a Argentina, poderão ser ampliados”, afirmou a ministra. A Rota Bioceânica de Capricórnio ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico por meio do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
O governador Eduardo Riedel reiterou o compromisso de Mato Grosso do Sul com a Rota Bioceânica: “Nosso estado, através de suas instituições, será um facilitador para apoiar iniciativas que conduzam à conclusão e ao sucesso da Rota Bioceânica”.
Serão mais de dois mil quilômetros de estradas ligando os portos brasileiros de Santos, Paranaguá e Itajaí aos terminais chilenos de Iquique, Mejillones e Antofagasta. A Rota Bioceânica de Capricórnio promoverá não apenas a integração entre os países da região, mas também um novo canal de comércio entre o Brasil e a Ásia.
Além de encurtar distances para produtos brasileiros, Hurtado destacou outras oportunidades advindas da rota. “O Chile possui uma rede de acordos comerciais com seus principais parceiros muito atraente, o que fortalecerá nossas relações comerciais. É preciso agregar valor no Chile para aproveitar os benefícios tarifários desses acordos”, explicou.
Hurtado também sublinhou que o país avançou significativamente na integração regional, com investimentos superiores a US$ 1 bilhão em trechos viáveis da rota e melhorias nos acessos entre os países. O porto de Iquique recebeu investimentos em sua capacidade operacional, enquanto Antofagasta iniciou obras de ampliação do molhe de abrigo e aprimoramento do canal de acesso aos terminais.
Além disso, o ministro mencionou a habilitação de portos secos para o armazenamento de mercadorias e o fortalecimento do ecossistema logístico de Tarapacá, destacando que o processo para a futura construção de portos na região de Atacama já foi iniciado. Segundo ele, essas iniciativas demonstram não apenas a intenção, mas a execução das obras necessárias.
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