quinta-feira, maio 15, 2025
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Telescópio Webb Revela Auroras Boreais em Netuno pela Primeira Vez

Telescópio James Webb Captura Auroras Boreais em Netuno pela Primeira Vez

O telescópio espacial James Webb fez história ao flagrar auroras boreais em Netuno pela primeira vez, confirmando hipóteses que pairavam sobre o gigante gasoso desde a década de 1980. Este fenômeno, que anteriormente não havia sido documentado no planeta, foi capturado graças à tecnologia avançada do telescópio, que é capaz de trabalhar nas longas faixas do infravermelho.

As auroras boreais e austrais são fenômenos luminosos que ocorrem quando partículas eletricamente carregadas, geralmente provenientes do Sol, interagem com o campo magnético de um planeta, gerando um espetáculo colorido em suas atmosferas. Enquanto já se sabia que auroras ocorrem em Terra, Júpiter, Saturno e Urano, a ausência de imagens de Netuno deixava uma lacuna significativa na compreensão do fenômeno.

Henrik Melin, principal autor do estudo que documentou essa descoberta, afirmou que “conseguir imagens da atividade auroral em Netuno foi possível somente com a sensibilidade do Webb no infravermelho próximo”. Em 2023, um dos instrumentos do telescópio capturou dados que revelaram a composição e a temperatura da atmosfera superior de Netuno, assim como a primeira identificação de uma linha de emissão de cátion de trihidrogênio (H3+), que pode ser formada durante as auroras.

As imagens revelam manchas azuladas no planeta, indicando que as auroras em Netuno se manifestam de maneira diferente das que observamos na Terra. Elas ocorrem em latitudes médias, em uma posição semelhante à da América do Sul em nosso planeta, em vez de se concentrar nos polos, como acontece em nosso próprio campo magnético. Essa divergência se deve à inclinação de 47 graus do campo magnético de Netuno em relação ao seu eixo de rotação, conforme mencionado por Melin.

Para acadêmicos e astrônomos, a nova informação trazida pelo James Webb representa um avanço importante na exploração de planetas gigantes e das complexas interações atmosféricas que acontecem em suas superfícies. Leigh Fletcher, coautor do artigo e pesquisador da Universidade de Leicester, enfatiza que essa descoberta “abre a janela para a última ionosfera oculta dos planetas gigantes”.

Os resultados dos estudos que documentaram essa descoberta foram publicados na renomada revista Nature Astronomy, adicionando mais um marco às façanhas do telescópio que tem revolucionado a compreensão do cosmos.

Imagem: NASA/JPL-Caltech

Para detalhes completos da investigação e outras descobertas relacionadas, recomenda-se visitar o site da NASA.

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