O desempenho do Tesouro Direto em outubro: um panorama de investimentos e resgates
Em outubro de 2024, o Tesouro Direto, programa que permite a investidores adquirir títulos públicos, viu um aumento significativo nas operações, totalizando 782.713 investimentos, que somaram R$ 5,65 bilhões. Apesar de esse montante ser expressivo, ele foi acompanhado por resgates alarmantes de R$ 3,12 bilhões, todos relacionados a recompras, já que não houve vencimentos no período.
Este cenário indica um comportamento cauteloso por parte dos investidores, que optam por resgatar seus investimentos, provavelmente buscando liquidez em tempos de incerteza econômica. Contudo, a emissão líquida alcançou R$ 2,53 bilhões, o que representa o maior valor da série histórica para o mês.
Os dados também revelam um perfil do investidor brasileiro, que mostrou robustez ao realizar aplicações de até R$ 1 mil, correspondendo a 56,3% das operações realizadas no mês. O valor médio por operação foi de R$ 7.215,21, demonstrando uma diversificação no perfil de investimento.
Os títulos indexados à Selic mostraram-se os mais procurados, totalizando R$ 2,52 bilhões e representando 44,6% das vendas. Em seguida, os títulos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+, somaram R$ 2,43 bilhões, correspondendo a 43,1% das vendas. Os prefixados, por sua vez, tiveram desempenho inferior, totalizando R$ 698,4 milhões, ou 12,4% do total.
Os resgates desses títulos também refletem a preferência dos investidores. Dos R$ 3,12 bilhões resgatados, R$ 2 bilhões estavam atrelados à Selic, enquanto os títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação totalizaram R$ 722,9 milhões.
Quanto à maturidade dos títulos, a maior parte das vendas concentrou-se nos prazos entre 1 e 5 anos, que atingiram 68,2% do total, enquanto os títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 22,4%.
Ainda que os números de resgates sejam altos, o Tesouro Direto conseguiu manter um estoque robusto, que fechou em R$ 147 bilhões, evidenciando um crescimento de 2,7% em relação ao mês anterior. Os títulos indexados à inflação seguem predominantes, respondendo por quase metade do total do estoque.
A crescente base de investidores do Tesouro Direto, que alcançou 2.698.426 pessoas ativas em outubro, reflete o aumento da educação financeira entre os brasileiros e o acesso merecido a opções de investimento que oferecem segurança em tempos desafiadores.
Diante dessa nova realidade de investimentos, surgem dúvidas comuns entre os investidores. Confira abaixo as respostas para algumas das principais perguntas:
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O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos pela internet, com o objetivo de financiar a dívida pública e proporcionar aos investidores uma forma segura de investimento. -
Quais os principais tipos de títulos disponíveis?
Os principais tipos de títulos disponíveis no Tesouro Direto são: Tesouro Selic (indexado à taxa Selic), Tesouro IPCA+ (indexado à inflação), e Tesouro Prefixado (com taxa de juros definida no momento da compra). -
Por que os investidores estão resgatando valores altos?
Os altos resgates refletem uma busca por liquidez em tempos de incerteza econômica, onde muitos investidores preferem ter acesso imediato ao seu dinheiro. -
É seguro investir no Tesouro Direto?
Sim, o Tesouro Direto é considerado um investimento seguro, já que é garantido pelo Governo Federal. Entretanto, é importante avaliar o perfil de risco e os objetivos de investimento individuais. - Como posso começar a investir no Tesouro Direto?
Para investir no Tesouro Direto, é necessário abrir uma conta em uma corretora que ofereça acesso ao programa, realizar o cadastro e, em seguida, escolher os títulos que deseja comprar com base em seu perfil e objetivos financeiros.