sexta-feira, agosto 15, 2025
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Trump e Putin se reúnem no Alasca para discutir cessar-fogo na guerra da Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participam nesta quinta-feira de uma reunião no Alasca que atrai atenção global. O encontro, marcado para as 16h30 no horário de Brasília, ocorre na Base Militar Conjunta Elmendorf-Richardson, um local remoto e de acesso restrito, e é a primeira reunião presencial entre os dois líderes desde 2019.

Há expectativa de que a conversa resulte em um acordo para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. O evento será dividido em duas partes. Na primeira, Trump e Putin terão uma reunião privada com a presença apenas de intérpretes. Em seguida, haverá um almoço que incluirá as delegações. Ao final, os dois líderes devem conceder uma coletiva de imprensa.

A delegação russa será formada por pelo menos seis integrantes, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, o ministro da Defesa, Andrey Belousov, o assessor presidencial Yuri Ushakov, o ministro das Finanças, Anton Siluanov, e o enviado especial Kirill Dmitriev. Os Estados Unidos não divulgaram os nomes de seus representantes nem detalhes sobre os protocolos de segurança.

A reunião acontece em um momento de tensão nas relações bilaterais. Em maio, Trump chamou Putin de louco após um ataque aéreo massivo contra a Ucrânia. O Kremlin mantém como objetivo estratégico a anexação de regiões ucranianas, enquanto Trump busca se posicionar como mediador de um acordo de paz, promessa que vem sendo feita desde sua campanha presidencial.

Embora a Ucrânia seja o tema central, Putin pretende incluir na pauta a cooperação econômica e comercial entre Rússia e Estados Unidos e o diálogo sobre armamentos nucleares. Segundo Yuri Ushakov, essa cooperação ainda tem potencial inexplorado.

O encontro carrega riscos. Trump estimou em 25% as chances de fracasso, mas disse acreditar que Putin está disposto a chegar a um acordo. O presidente russo, por sua vez, declarou ver nos esforços americanos uma oportunidade para fortalecer a paz mundial. Caso a reunião seja bem-sucedida, Trump pretende reunir Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para aprofundar as negociações. No entanto, o republicano advertiu que, se não houver entendimento, a Rússia enfrentará consequências severas.

A ausência da Ucrânia e de líderes europeus na reunião gerou críticas. França, Reino Unido e Alemanha participaram de uma reunião de emergência com Trump na quarta-feira, que o americano classificou como amigável. Em Londres, Zelensky e o primeiro-ministro britânico reforçaram o apoio do Reino Unido à Ucrânia, adotando um tom otimista, porém cauteloso, quanto a um possível acordo.

O encontro ocorre em meio a intensificação do conflito. Na véspera, o Ministério da Defesa russo afirmou ter interceptado 44 drones ucranianos lançados entre quarta e quinta-feira. O Exército russo avançou sobre áreas da região de Donetsk, provocando a evacuação de cidades como Druzhkivka.

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