domingo, outubro 6, 2024
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X (ex-Twitter) desrespeita suas diretrizes ao eliminar dossiê sobre vice de Trump

A plataforma de mídia social X, antes conhecida como Twitter, decidiu restringir a divulgação de um dossiê relacionado ao candidato à vice-presidência dos Estados Unidos, JD Vance. Este documento supostamente foi resultado de uma invasão aos servidores da campanha do Partido Republicano, liderada por Donald Trump.

O material, elaborado pelo próprio partido durante o período em que Trump selecionava seu candidato a vice, contém informações que podem ser vistas como prejudiciais a Vance, que exerce atualmente o cargo de senador por Ohio. Os hackers que supostamente acessaram os dados são de origem iraniana.

O jornalista Ken Klippenstein, que foi o responsável por revelar o dossiê, teve sua conta banida da plataforma. Embora outras publicações também tenham tido acesso ao material, optaram por não divulgá-lo por diversas razões.

Tentativas de veículos como o The Verge para compartilhar o link do dossiê foram frustradas, sendo que a rede social emitiu uma mensagem de erro indicando que a postagem era “potencialmente prejudicial”. Em comunicado à NBC, a X justificou a suspensão de Klippenstein, alegando que ele havia infringido regras sobre a publicação de informações privadas.

Essa decisão gerou reações negativas entre parte dos usuários, que veem a atitude como contraditória aos princípios que a plataforma, sob a administração de Elon Musk, defende. Anteriormente, durante a gestão anterior, a plataforma já enfrentou situações semelhantes, como a proibição de documentos que alegadamente vinculavam Hunter Biden a atividades suspeitas durante as eleições de 2020.

Musk, ao assumir a direção da rede social, havia criticado a suspensão de contas de veículos jornalísticos que publicavam matérias relevantes. No entanto, a recente política de X se distanciou dessa abordagem, levando muitos a questionarem a real liberdade de expressão na plataforma. Visto que até deepfakes podem ser tolerados na rede, muitos acreditam que o conteúdo bloqueado deveria ser liberado para debate público, permitindo que sua autenticidade e relevância fossem analisadas pelos usuários.

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