Google Gemini: O Chatbot Que Mais Coleta Dados e Preocupa Usuários com Privacidade
Na era da inteligência artificial, os chatbots se tornaram presença constante em diversas tecnologias, com várias empresas investindo em seus próprios modelos. No entanto, um levantamento recente da Surfshark apontou que o Google Gemini se destaca de forma negativa, sendo o chatbot que mais coleta dados de seus usuários. Essa realidade levanta sérias questões sobre a privacidade, especialmente em um cenário onde a proteção de informações pessoais é cada vez mais debatida.
A pesquisa revelou que o Google Gemini coleta mais dados do que o ChatGPT e o Perplexity juntos, que ocupam a sexta e a sétima posição, respectivamente, em um ranking que avalia a coleta de informações. Totalizando um cenário alarmante, cerca de 40% dos chatbots mais populares monitoram a localização dos usuários durante suas interações. Essa prática de coleta de dados não é exclusiva do Gemini, mas tem um impacto muito mais significativo devido à vasta gama de informações que o Google possui dos usuários através de outros serviços.
As implicações são claras: os dados fornecidos pelos usuários são utilizados para treinar os chatbots e podem ser compartilhados com empresas parceiras, que, por sua vez, direcionam anúncios baseados em informações pessoais. A preocupação se intensifica quando se considera que o Google também tem acesso ao histórico de pesquisa e padrões de uso de dispositivos Android, dando-lhes uma vantagem considerável em relação a concorrentes.
Tomas Stamulis, diretor de segurança da Surfshark, expressa a gravidade da situação, alertando que esses dados podem ser utilizados internamente na empresa ou compartilhados externamente, resultando em anúncios altamente direcionados e uma possível maior incidência de chamadas indesejadas. “Esses dados podem ser usados dentro da empresa ou compartilhados em redes de terceiros, potencialmente alcançando centenas de parceiros”, afirmou.
O Google oferece a opção de desativar o histórico de conversas no Gemini. No entanto, especialistas como Stamulis aconselham que os usuários façam ainda mais para proteger sua privacidade. “Desative o histórico de bate-papo e nunca compartilhe informações pessoais. Quanto mais dados você fornecer, maior o risco de vazamentos”, alerta.
Esse cenário levanta uma questão fundamental sobre a confiança dos usuários em sistemas que prometem melhorar a experiência digital, mas que, ao mesmo tempo, podem estar minando a privacidade. À medida que a coleta de dados se torna um componente central da experiência com chatbots, cabe a cada usuário decidir até que ponto estão dispostos a compartilhar informações pessoais em troca de serviços melhorados.
Entender esses riscos é crucial para navegar na era digital de forma segura. Com a crescente dependência de tecnologia, os usuários devem se informar e tomar medidas proativas para proteger suas informações pessoais, especialmente ao interagir com ferramentas tão onipresentes como chatbots.
