Governo Federal Inicia Desenvolvimento do Plano Nacional de Bioeconomia
Na última quinta-feira (13), o governo federal conduziu a primeira reunião oficial da Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio) em Brasília, um passo decisivo na construção do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio). O PNDBio tem como finalidade estabelecer um conjunto de diretrizes e ações para fortalecer o setor de bioeconomia no Brasil, uma área vista como crucial para o desenvolvimento sustentável e o combate ao desmatamento.
A CNBio é composta por 34 representantes de diversas esferas, sendo paritária entre o governo federal e a sociedade civil. Diversos setores são representados, incluindo órgãos governamentais, empresas, instituições financeiras, acadêmicos e ONGs, assegurando uma ampla gama de perspectivas e experiências à mesa. O compromisso com a diversidade é fundamental para que os interesses de todos os envolvidos sejam considerados nas deliberações.
“A CNBio tem a responsabilidade de estabelecer prioridades para o desenvolvimento da bioeconomia no Brasil e avançar em critérios que a diferenciem da economia convencional. O uso sustentável dos nossos recursos naturais representa uma vasta oportunidade, com a sociobioeconomia atuando como um vetor de desenvolvimento nos territórios”, comentou Carina Pimenta, secretária nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente.
O Brasil está potencialmente posicionado para desenvolver um plano robusto na bioeconomia, reconhecido pela importância global de suas ricas biodiversidades e ativos naturais. O país assumiu compromissos significativos, como a restauração de 12 milhões de hectares de áreas degradadas, o que pode gerar uma nova cadeia de valor e empregos sustentáveis.
O PNDBio será guiado por missões estratégicas, abrangendo vertentes como a Bioeconomia Bioecológica, que prioriza a sustentabilidade da biodiversidade, a Biomanufatura Industrial e Biotecnologia, que impulsiona inovações tecnológicas, e a Bioeconomia da Biomassa, focada no aproveitamento de recursos biológicos renováveis. A bioindústria, em particular, é vista como um motor para um novo modelo de crescimento que une inovação econômica à preservação ambiental.
Além disso, a inclusão de representantes de Povos e Comunidades Tradicionais no processo de elaboração do PNDBio tem se mostrado promissora, com mais de 250 participantes contribuindo ativamente e gerando mais de 900 sugestões até o momento.
O Brasil fez história ao liderar a aprovação dos Dez Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia no G20, aprofundando a discussão internacional sobre o tema e destacando a importância da cooperação global para impulsionar inovações e financiamentos sustentáveis.
Cristina Reis, do Ministério da Fazenda, reforçou que a bioeconomia é estratégica para o país, tendo o potencial não apenas de fomentar a proteção ambiental, mas também de incentivar a inovação e posicionar o Brasil como um líder na utilização sustentável de seus recursos naturais.
Perguntas Frequentes sobre a Bioeconomia:
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O que é bioeconomia?
A bioeconomia é um modelo de desenvolvimento econômico que utiliza recursos biológicos de forma sustentável para criar produtos, processos e serviços, promovendo justiça e inclusão social. -
Qual é o principal objetivo do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio)?
O PNDBio visa estabelecer diretrizes e ações para fortalecer o setor de bioeconomia no Brasil, combatendo práticas que degradam o meio ambiente e promovendo o uso sustentável dos recursos naturais. -
Quem compõe a Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio)?
A CNBio é composta por 34 membros, divididos de maneira paritária entre representantes do governo federal e da sociedade civil, incluindo empresas, ONGs e acadêmicos. -
Como a bioeconomia pode contribuir para o desenvolvimento sustentável?
A bioeconomia permite o uso sustentável dos recursos naturais, criando produtos e serviços que reduzem impactos ambientais e promovem a restauração de ecossistemas, além de gerar empregos verdes. - O que são as missões estratégicas do PNDBio?
As missões estratégicas são diretrizes que orientam a bioeconomia em diversas dimensões, como a valorização da biodiversidade, inovações tecnológicas e aproveitamento de biomassa renovável, visando um desenvolvimento econômico sustentável.