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Arqueólogos Revelam Técnica Antiga Sem Pregos na Construção de Barcos de Quéops no Egito

Barcos de Quéops Revelam Segredos Arqueológicos no Egito

Os Barcos de Quéops, descobertos em 1954 pelo arqueólogo egípcio Kamal el-Mallakh na Grande Pirâmide de Gizé, continuam a surpreender os estudiosos e a desafiar conceitos sobre a engenharia e cultura do Antigo Egito. Com cerca de 43 metros de comprimento cada, essas embarcações têm sido objeto de estudo por décadas, com o primeiro barco sendo desmontado e movido logo após sua descoberta, enquanto o segundo permaneceu em seu local original até a sua remoção em 2009.

Recentemente, uma pesquisa publicada no periódico científico Applied Sciences trouxe novas luzes sobre a construção dessas embarcações, que supostamente foram enterradas em honra ao faraó Quéops (reinado entre 2589 e 2566 a.C.). Um dos aspectos mais intrigantes da pesquisa é a total ausência de pregos na estrutura dos barcos, o que levanta questões sobre as técnicas construtivas utilizadas pelos egípcios antigos.

Uma Construção Sem Preconceitos

A construção dos Barcos de Quéops é marcada pela precisão. A ausência de pregos sugere que todas as partes foram encaixadas minuciosamente, utilizando cordas e amarras para manter as peças unidas. O processo de construção, segundo os investigadores, pode ter utilizado apenas ferramentas de cobre e sílex, desafiando a noção de que antiguidades dependiam exclusivamente de pregos como elemento essencial na construção naval.

Esses barcos são considerados os mais antigos conhecidos e foram feitos de cedro libanês, uma madeira escolhida por sua durabilidade e resistência à água, características extremamente importantes para embarcações. A descoberta de que podem não ter sido usadas para navegação, mas sim para propósitos espirituais — ajudando Quéops em sua jornada no além-mundo — é uma das muitas discussões que cercam a interpretação desses artefatos.

Divergências Científicas Sobre os Barcos

Há um debate entre os cientistas sobre a função real dos Barcos de Quéops. Alguns acreditam que eles não seriam projetados para navegação, pois não possuíam cordagens ou espaço para remos. Por outro lado, outros especialistas advogam que estas embarcações poderiam ter pertencido à frota real de Quéops. O segundo barco, retirado da tumba em 2009, permitiu análises mais detalhadas e trouxe novas informações sobre os materiais e técnicas empregadas na sua construção.

Histórico e Importância Cultural

Após a remoção do primeiro barco em 1954, que envolveu a coleta de 1.224 peças individuais ao longo de um ano, o artefato foi restaurado e exposto inicialmente no Museu do Barco Solar, em Gizé, até ser transferido para o Grande Museu Egípcio, inaugurado em 2021. Essa relevância histórica torna os Barcos de Quéops não apenas artefatos de construção, mas também um ponto focal para entender a cultura e as crenças dos antigos egípcios.

Em tempos de modernidade, as descobertas arqueológicas como os Barcos de Quéops continuam a inspirar novas pesquisas e fascinar o público, oferecendo uma janela para o passado e revelando a habilidade técnica de uma civilização antiga que nascia à sombra das pirâmides de Gizé.

Nota: Para mais detalhes sobre essa pesquisa, acesse Applied Sciences.

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