Duas das “3 grandes” transportadoras dos EUA continuam a demitir funcionários sem fim à vista

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AT&T e Verizon dedicam esforços para aumentar eficiência com redução de quadros de funcionários

Dois dos pesos-pesados do setor de telecomunicações nos Estados Unidos, AT&T e Verizon, estão passando por um período de redução significativa de seus quadros de funcionários. As demissões, que têm gerado preocupações no mercado de trabalho, estão ocorrendo em meio a esforços das empresas para se tornarem mais eficientes e lucrativas.

Recentemente, a Verizon anunciou que até março do próximo ano pretende cortar cerca de 4.800 postos de trabalho. Com esta ação, a empresa espera registrar uma redução de custos pré-impostos na ordem de US$ 1,9 bilhão para o terceiro trimestre do ano em curso. Quando estas demissões forem concluídas, a Verizon terá menos de 100.000 empregados, algo que não acontece desde sua formação em 30 de junho de 2000, após a fusão da GTE com a Bell Atlantic.

A AT&T, por outro lado, não fica atrás nesse movimento, desligando funcionários de forma surpreendente. No ano 2000, as duas empresas juntas empregavam cerca de 475.000 pessoas. Esse número caiu 47,4%, somando aproximadamente 250.000 funcionários em junho do ano passado. Muitas dessas perdas de emprego ocorreram devido a fusões e outras transformações nas corporações, mas observa-se um aumento nas demissões ao longo dos últimos anos.

Antes da aquisição da Time Warner no início de 2018, a AT&T tinha em seus quadros 252.000 trabalhadores, reduzindo para 146.000 até junho do último ano, representando um declínio de 42%. No mesmo período, a Verizon viu sua folha de pagamento diminuir 33%, chegando a 103.900 funcionários.

Apesar da diminuição de postos de trabalho, tanto AT&T quanto Verizon vêm aumentando sua receita por funcionário, com a AT&T gerando US$ 813.500 por empregado no último ano, em comparação com US$ 573.200 em 2017. A Verizon arrecadou, em 2023, US$ 1.271.000 por empregado, um aumento desde os US$ 811.000 por trabalhador em 2017.

Essa tendência de corte de empregos nas duas empresas vem em um momento em que mais clientes optam por pedidos online de telefones e planos sem fio, alimentando as preocupações sobre o futuro dos empregos que restam, especialmente com o medo de que a inteligência artificial (IA) possa substituir funções humanas.

Shankar Arumugavelu, CIO da Verizon, destacou a hesitação em entregar decisões críticas a máquinas, uma “ponte que precisamos cruzar”, conforme suas palavras.

Por enquanto, AT&T e Verizon foram capazes de se manter com folhas de pagamento mais enxutas sem afetar a experiência do cliente. A expectativa é que essa tendência de cortes continue enquanto as empresas não atingirem o ponto em que a satisfação do usuário comece a ser comprometida.