A T-Mobile cobre todos os nova-iorquinos com 5G rápido, então as torres Link5G da cidade eram ‘inúteis’

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Título: “Projeto Link5G em Nova York e a Redundância da Infraestrutura face à Expansão do 5G da T-Mobile”

A cidade de Nova York iniciou um projeto ambicioso chamado Link5G, planejado para fornecer conectividade de alta velocidade a bairros carentes através da implantação de 200 torres. A intenção da parceria público-privada, CityBridge, era criar a maior rede Wi-Fi pública gratuita do mundo. No entanto, essas torres parecem ter evitado seu propósito principal, visto que a maioria delas estão sem o equipamento de operadora 5G instalado, apresentando uma taxa de uso de apenas 1%.

O projeto, que deveria levar receita à cidade com publicidade e aluguel de espaço para operadoras, não atingiu as expectativas de receita e foi renegociado para um pagamento anual factível de 3 milhões de dólares. Apesar da baixa taxa de utilização e da questão de obstruir a paisagem em bairros residenciais, as torres Link5G representam um exemplo de esforços de urbanização mais elegante quando comparados a iniciativas semelhantes em outras cidades.

A T-Mobile, conhecida como Un-carrier nos Estados Unidos, já atingiu uma cobertura quase total da cidade de Nova York em todos os cinco distritos com sua rede 5G, colocando em questão a necessidade de projetos como o Link5G. A operadora oferece cobertura de 5G em edifícios comerciais e residenciais, veículos passantes, e áreas externas, alcançando cerca de 98% ou mais pessoas na cidade.

A cobertura de alcance estendido (Extended Range) 5G começou a ser implementada pela T-Mobile ainda antes da fusão com a Sprint e, apesar de oferecerem velocidades de rede menores do que as exigidas pelas novas definições de banda larga de 2024 da FCC, na época da comissão das torres Link5G, esses padrões eram considerados satisfatórios.

As torres Link5G, embora não estejam atendendo ao propósito principal de oferecer conectividade 5G, fornecem valor aos moradores por meio de Wi-Fi gratuito, acesso a tablets de serviço da cidade e tomadas de carregamento. No entanto, a integração de equipamentos 5G pelas operadoras nas torres Link5G parece pouco provável, uma vez que optaram por instalar seus próprios dispositivos em locais mais vantajosos, como telhados, que são mais acessíveis e populares.

Em resumo, o projeto Link5G surge como um lembrete dos desafios de planejamento urbano frente a uma indústria de telecomunicações em rápida mudança e aponta para a necessidade de reavaliar e adaptar os esforços de infraestrutura à luz das inovações tecnológicas e das ofertas existentes de cobertura de rede.