O Instagram, uma das redes sociais mais populares entre os jovens, está no centro de uma polêmica acerca da adequação do conteúdo recomendado para seu público adolescente. Investigação do Wall Street Journal, em conjunto com a Northwestern University, revelou que a plataforma tem recomendado vídeos sexualmente sugestivos a usuários de apenas 13 anos de idade. Esse material inapropriado inclui vídeos de danças sedutoras e poses que enfatizam a sexualidade, entrando em conflito com a promessa da Meta, companhia que administra o Instagram, de proporcionar uma experiência compatível com a idade de seus usuários adolescentes.
Os relatos indicam que, poucos minutos após as novas contas, identificadas como pertencentes a jovens de 13 anos, serem ativas, o feed desses usuários já estava repleto de conteúdo de conotação sexual. Apesar de alegações anteriores da empresa sobre restrições impostas a conteúdo explicitamente sexual para menores de 16 anos, as descobertas sugerem que a execução dessas medidas deixa a desejar.
Outras plataformas de vídeos como TikTok e Snapchat, segundo indicado pela mesma investigação, parecem não oferecer o mesmo volume de conteúdo focado em sexualidade para usuários menores de idade, o que ressalta a peculiaridade do problema no ambiente do Instagram.
Embora a Meta tenha contestado a metodologia e os resultados do estudo, alegando que não reflecte o uso típico do Instagram entre adolescentes, a análise interna da própria empresa, segundo o relatório do Wall Street Journal, mostra um panorama onde os jovens são de facto expostos a uma quantidade desproporcional de conteúdo sensível, incluindo pornografia e violência.
Esta descoberta abre o debate sobre a eficácia dos algoritmos de recomendação e a necessidade de mecanismos de proteção mais efetivos para a juventude que navega pelas redes sociais, levantando questões importantíssimas sobre privacidade, segurança e exposição digital precoce a conteúdo inapropriado para a faixa etária.
