A gigante da tecnologia Apple se vê em meio a questionamentos judiciais devido a alegações de disparidade salarial sistêmica. Duas funcionárias representando um coletivo que abrange mais de 12 mil colaboradoras das áreas de engenharia, marketing e AppleCare acionaram a justiça da Califórnia em busca de reparação.
Funcionárias processam Apple por desigualdade salarial em ação coletiva na Califórnia
Enquanto o novo WWDC 2024 da Apple chama a atenção do setor de tecnologia e usuários, a empresa enfrenta um caso instaurado por duas de suas funcionárias, que reivindicam a existência de uma diferença salarial baseada em gênero, prejudicando as trabalhadoras em relação aos seus colegas do sexo masculino.
O episódio não é um caso isolado no segmento de tecnologia, sendo que outras grandes como Google e Oracle já enfrentaram e acordaram indenizações expressivas em situações similares. As acusações presentes no processo indicam que as práticas de contratação e avaliação de desempenho da Apple resultaram em desequilíbrio na remuneração entre homens e mulheres, pontuando que a base salarial era, em parte, estabelecida segundo os rendimentos anteriores dos candidatos.
Em confronto com a disparidade observada, a Apple modificou seu critério, questionando as aspirações salariais dos candidatos, uma variável também supostamente vinculada à histórico salarial anterior e que colaborava para a perpetuação das diferenças observadas. Alega-se que o sistema de avaliações da empresa também desfavorecia as funcionárias em componentes críticos, afetando negativamente seus aumentos e bonificações.
Esse não foi o primeiro sinal de alarme, uma vez que, em 2021, pesquisas internas da Apple apontaram para desigualdades salariais, motivando a organização a optar pela descontinuidade desses levantamentos internos.
O litígio atual acusa a Apple de violar a Lei de Igualdade Salarial da Califórnia, com as representantes do grupo de trabalhadoras buscando compensação pelo que consideram compensações desiguais e a implematação de medidas judiciais contra a companhia, que ainda não emitiu declaração sobre o caso.
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