terça-feira, julho 2, 2024
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Apple é criticada por sua decisão sobre IA na UE

Comissária da UE Critica Apple por Retenção de Funcionalidades de IA nos iPhones na União Europeia

A gigante da tecnologia Apple se tornou alvo de críticas na União Europeia (UE) após decidir não lançar suas mais recentes inovações em inteligência artificial (IA) em iPhones distribuídos na região. A Comissária Europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, mostrou-se particularmente insatisfeita com a postura da Apple, sugerindo que a empresa estaria evitando a competição ao reter tais recursos.

A iniciativa da Apple partiu da preocupação em possivelmente transgredir as disposições do Digital Market Act (DMA), a lei de regulamentação do mercado digital da UE. Uma violação poderia resultar em uma pesada multa que chegaria a até 10% da receita global da empresa, que foi de cerca de 383 bilhões de dólares no ano fiscal de 2023. Portanto, a Apple escolheu agir com cautela e manter suas tecnologias de IA longe do mercado europeu.

A postura da Apple fez com que Vestager fizesse declarações contundentes, sugerindo que a empresa está conscientemente evitando a concorrência pois, ao não trazer a Apple Intelligence para a UE, evita que seus recursos de IA possam ser confrontados pelas regras do DMA. A controvérsia acontece em paralelo a desafios legais recentes enfrentados pela Apple na região, onde a CE acusou a empresa de violar o DMA através de suas práticas na App Store.

O debate entre a Apple e a UE realça as tensões constantes relacionadas à regulação da tecnologia e privacidade, além de tocar em questões sobre acesso ao mercado e competitividade. A retenção de recursos de IA protestada por Vestager pode acabar tendo um impacto negativo nas vendas de iPhones na UE, o que levanta mais uma camada de complexidade no cenário tecnológico europeu.

A Apple ainda tem o desafio de introduzir os novos recursos de IA nos mercados europeus, o que muito provavelmente incluiria negociações e, possivelmente, algum tipo de acordo com a CE. Enquanto isso, mudanças não relacionadas a IA no iOS 18, como a habilidade de personalizar ícones de aplicativos na tela inicial, continuam disponíveis aos usuários da UE.

Este episódio com a Apple destaca os contínuos debates regulatorios e estratégicos no setor de tecnologia, e a necessidade crescente de equilibrar inovação com normativas governamentais. A questão central permanece: será que a Apple, com suas avançadas funcionalidades de IA, encontrará um meio de operar dentro das estritas leis de privacidade europeias, sem sacrificar o seu potencial competitivo?

Alan
Alanhttps://tecmania.com.br
Apaixonado por tecnologia e viciado em séries, que escreve para o TecMania nas horas vagas. Jogador amador de Fortnite que nunca aprendeu a construir no game rs.
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