Exercício Físico Intenso Mesmo em Baixa Quantidade Reduz Risco de Demência, Diz Estudo
Um novo estudo publicado no Journal of the American Medical Directors Association revela que praticar exercícios físicos, mesmo que por um curto período de tempo, pode ser um fator importante na redução do risco de demência, especialmente entre idosos. A pesquisa, realizada por cientistas da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, demonstrou que apenas 35 minutos de atividade física por semana estão associados a uma diminuição do risco de 41% de desenvolver essa condição neurodegenerativa.
O estudo acompanhou quase 90 mil adultos no Reino Unido entre fevereiro de 2013 e dezembro de 2015, utilizando dados coletados por meio de relógios inteligentes. Os resultados indicam que, quanto maior a quantidade de atividade física praticada, menor o risco de doenças neurodegenerativas, com as seguintes reduções de risco observadas:
- 60% menor para aqueles que se exercitam entre 35 a 69,9 minutos por semana;
- 63% menor para 70 a 139,9 minutos;
- 69% menor para aqueles que alcançam 140 minutos ou mais de atividade física semanal.
Amal Wanigatunga, principal autora do estudo, destacou em um comunicado à imprensa que "as evidências encontradas se somam a um crescente corpo de evidências mostrando que um pouco de exercício é melhor do que nada, especialmente no que diz respeito a um distúrbio relacionado ao envelhecimento que afeta o cérebro e que atualmente não tem cura”.
Além disso, um relatório de 2019 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em parceria com a Alzheimer’s Disease International (ADI) informou que mais de 50 milhões de pessoas vivem com demência em todo o mundo, um número que cresce a cada três segundos. Somente nas Américas, há mais de 10 milhões de pessoas afetadas.
Esse estudo reforça a importância da atividade física regular, mesmo em pequenas quantidades, como uma estratégia eficaz para o combate a uma das condições de saúde mais impactantes da atualidade. Exercícios de intensidade moderada e intensa, mesmo que realizados em pouco tempo, podem ser aliados significativos na preservação das funções cognitivas.
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O que se destaca com essa pesquisa é a necessidade de se repensar a abordagem à saúde mental e ao envelhecimento saudável, enfatizando que cada pequena mudança em estilo de vida pode trazer grandes benefícios a longo prazo.
