Foi com sucesso que especialistas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da CAST (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial), junto a representantes da AEB (Agência Espacial Brasileira) e da CNSA (Administração Espacial Nacional da China), concluíram a Revisão Preliminar de Projeto (PDR) do satélite CBERS 6. O encontro ocorreu na sede da CAST em Pequim, durante os dias 27 e 28 de junho, e representa um passo significativo dentro do cronograma do programa bilateral estabelecido no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 2022-2031.
Após a análise detalhada do projeto e a garantia do cumprimento dos requisitos implicados, o satélite teve sua viabilidade endossada, permitindo assim, o avanço para as próximas etapas de desenvolvimento. A previsão é que o lançamento do CBERS 6 aconteça em 2028, potencializando as capacidades do Brasil em monitoramento e observação terrestre por meio do espaço.
O satélite utilizará a Plataforma MultiMissão brasileira (PMM), comprovadamente eficaz no Amazonia 1, contará também com a adição de um inovador radar SAR (Synthetic Aperture Radar) em banda X, uma contribuição da parte chinesa. Essa tecnologia radar é essencial para a aquisição de dados independentemente das condições atmosféricas, permitindo assim, a obtenção de imagens durante o dia e a noite, além de ser capaz de observar o solo mesmo coberto por nuvens ou em meio à precipitação.
O objetivo principal do CBERS 6 é o de oferecer dados que auxiliem no combate ao desmatamento, controle de queimadas e vigilância de fronteiras. Dessa maneira, a missão fortalecerá a capacidade nacional de gerenciamento de recursos naturais, desenvolvimento urbano, agricultura sustentável e outras inúmeras aplicações essenciais à gestão ambiental e territorial do país.
Com a presença de notáveis especialistas do Brasil, como Antônio Carlos de Oliveira Pereira Júnior, coordenador do Segmento Espacial do Programa CBERS, e do Diretor da AEB, Rodrigo Leonardi, a colaboração sino-brasileira no programa CBERS é realçada como um fruto duradouro de cooperação técnico-científica de grande sucesso.
As descobertas e avanços advindos desse robusto programa seguem posicionando o Brasil e a China como países-chave na utilização pacífica e progressista do espaço, perpetuando o investimento em ciência, tecnologia e desenvolvimento sustentável.
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
A Agência Espacial Brasileira (AEB), desde sua instauração, busca assegurar que o Brasil permaneça na vanguarda do setor espacial, promovendo assim a promoção do bem-estar social e o exercício da soberania nacional por meio de projetos como o CBERS 6.
