segunda-feira, junho 24, 2024
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China Reinventa Tecnologia Governamental com Chips Nacionais em PCs Estatais

Em uma movimentação estratégica e inovadora, a China tem procurado fortalecer sua soberania tecnológica, substituindo os processadores de fabricantes como a AMD e a Intel por alternativas desenvolvidas internamente para uso em computadores e servidores governamentais. Um documento do Financial Times revelou que o país asiático tem intensificado esforços nesse sentido, estabelecendo diretrizes que impõem a priorização de processadores e sistemas operacionais considerados “seguros e confiáveis” para aquisições governamentais.

As mudanças, que entraram em vigor no final de 2023, são parte de uma iniciativa mais ampla para promover a adoção de tecnologia made in China, estendendo-se também às empresas estatais. Uma listagem oficial composta unicamente por fabricantes locais ressalta a dedicação em direcionar o mercado tecnológico para dentro das fronteiras nacionais, incluindo nomes como Huawei e Phytium — ambos alvos de restrições de exportação impostas pelo governo dos EUA.

Essa transição para a autoconfiança tecnológica evidencia o papel central da inovação na estrutura de defesa, governança e indústria estatal chinesa. O cronograma estipulado indica que as empresas estatais chinesas devem efetuar a troca para os processadores domésticos até 2027, enquanto as entidades governamentais são incumbidas de reportar trimestralmente o progresso na revisão de seus sistemas de tecnologia da informação.

Enquanto algumas tecnologias estrangeiras ainda poderão ser utilizadas, é palpável o movimento em direção a soluções internas. A consequência desse distanciamento de fabricantes americanos provavelmente será sentida com impacto notável, considerando que o mercado chinês é extremamente relevante para companhias como AMD e Intel, sem mencionar outras gigantes da tecnologia como a Microsoft.

Análises indicam que, enquanto os servidores podem passar por essa transição de forma mais célere devido a um ecossistema de software menos complexo para substituir, a mudança nos PCs clientes pode demandar mais tempo. Além disso, calcula-se que a China invista aproximadamente 91 bilhões de dólares nos próximos anos para modernizar a infraestrutura de TI vinculada ao governo e setores correlacionados. Com esta iniciativa audaciosa, a China não somente se coloca como potência em inovação tecnológica mas também redefinirá o panorama global nesse segmento.

Alan
Alanhttps://tecmania.com.br
Apaixonado por tecnologia e viciado em séries, que escreve para o TecMania nas horas vagas. Jogador amador de Fortnite que nunca aprendeu a construir no game rs.
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