A herança de bens digitais tem sido um assunto crescente de interesse, especialmente quando lidamos com propriedades intangíveis, como contas de videogames e bibliotecas online. Recentemente, levantou-se a questão sobre o futuro das contas do Steam em caso de falecimento dos usuários. A Valve, empresa por trás da plataforma, deixou claro que o conteúdo das bibliotecas Steam é intransferível sob quaisquer circunstâncias, incluindo disposições testamentárias.
Isso significa que, infelizmente, com a partida de um usuário, a conta e todos os jogos adquiridos permanecem inativos e inacessíveis. Para contornar essa situação, alguns sugerem que seja deixado um registro sobre login e senha, repassando essas informações ao futuro herdeiro. No entanto, com recursos de segurança adicionais como a autenticação de dois fatores sendo cada vez mais comuns, apenas conhecer esses dados pode não ser o bastante para manter a conta ativa a longo prazo.
Plataformas sociais e de serviços, como o Facebook e Google, possuem políticas detalhadas em casos de falecimento de seus usuários. Mediante solicitação, é possível desativar a conta e até obter alguns dados pessoais se for o caso. Por outro lado, para compras digitais, a maioria adota a regra de que as licenças e direitos associados aos produtos digitais expiram com o proprietário. Sem regulamentações claras nesse sentido para jogos eletrônicos, a noção que prevalece é a de intransferibilidade de contas.
Diante destes desafios e do descompasso entre a evolução tecnológica e as leis de herança, resta aos usuários e entes queridos lidar com a triste realidade de que as coleções de jogos digitais podem de fato ser insuscetíveis de transferência após a morte. Isso levanta importantes questionamentos notáveis sobre o futuro das heranças digitais e a necessidade de atualizações nas leis para refletir as mudanças do mundo em que vivemos.
Para saber mais informações e se manter atualizado sobre tecnologia e games, acesse TecMania.