A Microsoft e o Google, gigantes do setor de tecnologia, têm sido alvo de protestos e críticas no que diz respeito às suas inovações mais recentes em inteligência artificial. As ferramentas “Visão Geral de IA” do Google e “Windows Recall” da Microsoft são as protagonistas dessa polêmica, despertando a ira de diversos setores por suas funções controversas.
O “Visão Geral de IA” do Google, por exemplo, promete fornecer sumários gerados por inteligência artificial de pesquisas realizadas, substituindo, assim, a exibição de páginas web relevantes – um recurso que, embora inovador, ameaça drasticamente a indústria de notícias devido à potencial diminuição no tráfego e na receita publicitária de diversos sites.
Além disso, há questionamentos quanto à precisão das informações fornecidas, como o equívoco software sugerindo a adição de cola em uma pizza. Esses erros, apesar de inocentes, prenunciam a possibilidade de falhas em questões mais críticas. Relatórios indicam que as aparições das visões gerais de IA estão diminuindo, o que sugere uma resposta possível às críticas.
Já o “Windows Recall”, desenvolvido pela Microsoft, consiste em uma ferramenta que armazena de forma contínua e automatizada capturas de tela de atividades realizadas no computador do usuário. Essa funcionalidade possui o objetivo de ajudar a localizar informações passadas, mas apresenta sérias preocupidades no que se refere à privacidade e segurança, registrando, talvez inadvertidamente, informações extremamente sensíveis.
Apesar de ambas as corporações confrontarem reações públicas intensas, suas respostas parecem ser vistas como insuficientes pela comunidade, que clama por um maior comprometimento com a privacidade dos usuários e da integridade da informação online. A Microsoft, por sua vez, clarifica que o uso do “Windows Recall” é opcional e que requer autentificação, porém, o núcleo da inquietação permanece intocado.
Essa situação retrata a complexa dinâmica entre o avanço da tecnologia de inteligência artificial e a responsabilidade ética das empresas de tecnologia, demonstrando a crescente necessidade de um equilíbrio entre inovação e consideração pelos seus impactos sociais e individuais.