O showrunner de The Boys, Eric Kripke, deu uma resposta aos críticos que classificam o programa como “acordado” por sua forte carga política. Segundo ele, incorporar mensagens políticas e perspectivas na narrativa sempre foi o objetivo, e as críticas desta natureza são dispensáveis.
Na próxima 4ª temporada de The Boys, o personagem Homelander será julgado pelo assassinato de um seguidor da personagem Starlight. A história acaba por se assemelhar ao julgamento e eventual condenação do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o que alimentou comentários acerca do suposto viés esquerdista do show.
Contudo, Kripke está firmemente contra pedir desculpas ou suavizar seu conteúdo. Ele afirma que alguns espectadores podem até interpretar Homelander como o herói da história, mas enfatiza que sutileza não é um aspecto do show, e aqueles que recebem mensagens diferentes podem simplesmente parar de assistir.
Ao ser indagado sobre a coincidência do julgamento de Homelander com o de Trump, Kripke revelou que isso não foi uma manobra intencional, mas sim um reflexo das preocupações e inseguranças que habitam os escritores do programa.
O criador ainda explicou que The Boys tem por objetivo discutir a intersecção entre celebridade, autoritarismo e como as mídias sócias e a indústria do entretenimento podem ser usadas para propagar o fascismo. Ele vê como imperativo explorar esses temas em sua série.
Essa questão é tão sensível que Kripke chega a comparar o ambiente de criação do programa à “sala dos roteiristas de Satanás” devido aos seus inquietantes paralelos com o mundo real. A polêmica é amplificada por atos promocionais, como um poster da 4ª temporada que satiriza o slogan “Make America Great Again” de Trump.
Com a chegada da 4ª temporada de The Boys, marcada para 13 de junho de 2024, e o contínuo envolvimento da série com questões político-sociais, é provável que as discussões sobre o seu posicionamento político se intensifiquem. Ademais, a equipe de roteiristas já avisa que os acontecimentos da próxima temporada vão ao encontro do compromisso da série em retratar uma narrativa que provoque reflexões sobre a atuação de poderosos na sociedade contemporânea.
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