quinta-feira, junho 20, 2024
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Denúncia de Ex-funcionário Revela Potencial Violação de Sanções pela Amazon em Venda de Tecnologia para Rússia

Uma denúncia contundente de um ex-funcionário da gigante do comércio eletrônico Amazon colocou a empresa sob os holofotes. Charles Forrest, o informante em questão, acusou a Amazon de comercializar sua tecnologia de reconhecimento facial, conhecida como Rekognition, para a Rússia. Esta alegada conduta poderia representar uma grave violação das medidas punitivas implantadas pelo Reino Unido em resposta à invasão militar da Ucrânia por parte do país eslavo.

Forrest sustenta que a Amazon estabeleceu um acordo clandestino com a VisionLabs, uma companhia russa especializada em reconhecimento facial e análise de imagens, por meio de uma entidade que ele sugere ser uma empresa de “fachada” situada na Holanda. Segundo alega, tal manobra facilitou que a VisionLabs tivesse acesso à avançada tecnologia de reconhecimento facial operada pela Amazon.

A situação se agravou com a alegação de Forrest relacionada à sua demissão da Amazon, que, segundo ele, ocorreu de forma injusta devido às suas investigações internas sobre práticas irregulares na empresa. Ele levou seu caso à Justiça trabalhista de Londres, insinuando que sua saída foi uma resposta direta às suas denúncias.

Entre as supostas condutas antiéticas cometidas pela Amazon estaria também a violação de sua própria moratória, na qual prometeu limitar o fornecimento de sua tecnologia de reconhecimento facial às forças policiais, sobretudo após os desdobramentos ocorridos no caso de George Floyd nos Estados Unidos.

A resposta da Amazon às acusações foi enfática ao repudiar a venda de dados de reconhecimento facial à Rússia, com um representante da empresa enfatizando a inexistência de registros de faturamento que sustentem as alegações de Forrest. A empresa igualmente refutou as circunstâncias reportadas a sua demissão, citando “má conduta grave” e citando exemplos como a ausência em reuniões e falta de comunicação via e-mail como razões para o desligamento do ex-funcionário.

Apesar das refutações, a Amazon não negou a quebra da moratória por decisão própria de não prover sua tecnologia de reconhecimento facial para entidades policiais, contudo salienta que tal escolha não viola qualquer norma legal, conforme trata-se de uma diretriz interna.

A controvérsia em torno da Amazon e sua vinculação com o fornecimento de tecnologia de ponta para a Rússia destaca não apenas a complexidade das transações corporativas transnacionais, mas também a importância crescente da ética e da conformidade legal nas operações globais de grandes empresas.

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Alan
Alanhttps://tecmania.com.br
Apaixonado por tecnologia e viciado em séries, que escreve para o TecMania nas horas vagas. Jogador amador de Fortnite que nunca aprendeu a construir no game rs.
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