A obscura floresta e os gritos selvagens ressurgem das profundezas do imaginário popular. O clássico “Tarzan”, personagem que há mais de um século fascina os amantes de aventura, é trazido mais uma vez à vida na versão cinematográfica de 2016: “A Lenda de Tarzan”. Com elementos surpreendentemente sombrios e uma história que se aprofunda na brutalidade do colonialismo, este não é apenas mais uma adaptação do famoso menino criado pela natureza — é uma reinvenção para os tempos modernos.
Um retorno às raízes sob uma nova perspectiva
O filme dirigido por David Yates, conhecido por seu trabalho em “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, estabelece um novo ponto na trajetória do icônico Tarzan. Com uma abordagem inédita, ele não reconta a conhecida história de origem. Em vez disso, posiciona Tarzan, vivido por Alexander Skarsgård, como um aristocrata britânico que deixou a selva para trás, embarcando em uma vida confortável ao lado de sua esposa americana Jane, interpretada por Margot Robbie.
Ao tomar conhecimento das atrocidades cometidas no Congo pelo rei belga Leopoldo II, Tarzan é compelido a retornar às suas origens selvagens, enfrentando não apenas os perigos naturais de seu lar, mas também a crueldade dos homens. Este cenário desolador, enfatizando a exploração e opressão de povos indígenas sob o jugo do colonialismo belga, confere ao filme uma atenuação sombria que redefine a narrativa de Tarzan.
Uma produção que desafia expectativas
Embora “A Lenda de Tarzan” não tenha alcançado o sucesso esperado nas bilheterias, conforme dados do The Numbers, as atuações de Skarsgård e Robbie foram amplamente elogiadas, mesmo diante de críticas direcionadas ao enredo por sua abordagem genérica, segundo avaliações no Metacritic. A proposta de Yates, entretanto, talvez seja a de oferecer algo mais do que uma simples aventura na selva, instigando reflexões profunda sobre o legado da exploração colonial.
Os interessados em descobrir esta faceta mais obscura e complexa de “A Lenda de Tarzan” podem encontrá-la disponível no Prime Video, pronto para ser apreciada por um público que busca na nostalgia uma nova narrativa, tanto reflexiva quanto empolgante.
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