Os ataques cibernéticos são uma ameaça contínua à segurança digital em todo o mundo, e um nome tem sido especialmente proeminente nesse cenário: Dmitry Yuryevich Khoroshev, identificado pelos Estados Unidos como o líder do grupo responsável pelo ransomware LockBit. O governo americano, em um esforço para combater essa prática criminosa, oferece uma generosa recompensa de US$ 10 milhões para quem fornecer informações que levem à captura do hacker russo.
A ascensão do ransomware LockBit e o prejuízo de meio bilhão
O LockBit, um dos ransomware mais temidos e eficazes, chama a atenção pela sua capacidade de atingir uma vasta gama de alvos, incluindo entidades do setor público e privado, nos mais variados países. Constata-se que, sob a liderança de Khoroshev, o grupo conseguiu arrecadar mais de US$ 500 milhões em resgates, sem contar as perdas indiretas geradas pela interrupção das atividades das instituições afetadas.
Funcionando sob o modelo de “ransomware as a service” (RaaS), o LockBit permite que criminosos associados distribuam o malware, enquanto Khoroshev e sua equipe se responsabilizam pelo desenvolvimento e manutenção do código. A divisão de lucros é clara: 20% para o administrador e 80% para os afiliados que realizam os ataques efetivos.
As promessas de que os dados seriam apagados após o pagamento dos resgates provaram ser falsas, adicionando ainda mais gravidade à conduta de Khoroshev e seus associados, que retinham cópias das informações roubadas.
O cerco se fecha: esforços internacionais para deter a LockBit
A pressão internacional para acabar com as atividades do LockBit se intensifica. Em maio de 2023, foi a vez de Mikhail Matveev ser acusado por sua participação no grupo criminoso. A oferta substancial de recompensa pelo Departamento de Estado dos EUA sublinha o quão sério o problema se tornou.
Em fevereiro de 2024, mais membros da organização, Artur Sungatov e Ivan Kondratyev, foram indiciados nos EUA, aumentando a lista de acusações contra este nefasto grupo de cybercriminosos. Dmitry Yuryevich Khoroshev, o suposto cabeça do LockBit, enfrenta um total de 26 acusações que podem resultar em até 185 anos de prisão.
A iniciativa do Departamento de Estado dos EUA em oferecer uma recompensa pelo líder da LockBit evidencia a determinação em desmantelar redes criminosas que afetam a segurança cibernética global. Essa estratégia é parte de uma abordagem multifacetada que envolve agências de aplicação da lei, a comunidade de inteligência e a colaboração internacional para combater o crime organizado transnacional.
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