segunda-feira, julho 1, 2024
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FCC preocupada com as chamadas automáticas de IA política que ainda são uma realidade

Problemas de chamadas automatizadas de inteligência artificial com fins políticos preocupam a FCC

Com o crescimento das chamadas automatizadas (robocalls) de inteligência artificial (IA) com conteúdo político, a Federal Communications Commission (FCC) dos Estados Unidos tem elevado sua preocupação acerca das consequências sociais decorrentes dessa prática. A presidente da FCC, Jessica Rosenworcel, expressou essa inquietação ao enviar cartas para nove grandes companhias de telecomunicações solicitando um plano de ação eficaz para combater essas chamadas enganosas.

As chamadas de IA política representam uma ameaça à integridade dos processos eleitorais, dado que utilizam IA para simular vozes de figuras políticas e disseminar mensagens falsas, influenciando indevidamente a população. Precedentes já foram estabelecidos em que eleitores foram enganados e desviados de participar de primárias, como ocorreu em New Hampshire, ilustrando o poder perturbador dessas mensagens.

Por isso, a FCC tem pressionado as empresas de telecomunicações, com nomes como AT&T e Comcast na lista de destinatários das cartas, a comprovar que efetivamente lutam contra a disseminação desses robocalls políticos. Em fevereiro, o governo dos EUA passou a proibir todas as chamadas automatizadas de IA, concedendo inclusive poderes para perseguir aqueles envolvidos na realização dessas chamadas.

A questão se estende ao debate regulatório, pois Rosenworcel sugere a necessidade das empresas também informarem sobre o uso de IA em anúncios televisivos e radiofônicos. No entanto, essa proposta é vista com resistência pelo presidente da Comissão Eleitoral Federal (FEC), Sean Cooksey, que acredita que tal medida colide com o poder regulatório da FEC nos processos eleitorais.

Os avanços da IA nos meios de comunicação modernos impulsionam a urgência de estabelecer mecanismos de controle que sejam eficazes em preservar a credibilidade e a justiça dos procedimentos democráticos, ao mesmo tempo em que seguem as inovações tecnológicas. A FCC emerge como uma defensora dessa integridade, esperando-se que a contínua colaboração entre agências reguladoras e empresas de tecnologia e telecomunicações resulte em estratégias construtivas e garantidores de confiança eleitoral.

Alan
Alanhttps://tecmania.com.br
Apaixonado por tecnologia e viciado em séries, que escreve para o TecMania nas horas vagas. Jogador amador de Fortnite que nunca aprendeu a construir no game rs.
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