Um novo relatório trouxe à tona práticas preocupantes do Google em relação à coleta de dados e privacidade dos usuários, colocando a gigante da tecnologia sob escrutínio. Um banco de dados interno, que contém informações de 2013 a 2018, foi descoberto e levantou sérias dúvidas sobre as ações da empresa quanto à proteção da privacidade.
Diversos aplicativos e produtos do Google, como Waze, YouTube e AdWords, estiveram envolvidos em incidentes que incluíam coleta e armazenamento de dados pessoais, segundo o banco de dados. Casos mais graves incluem a gravação não autorizada de vozes de crianças pelo aplicativo de teclado Gboard e a captura de informações de placas de veículos pelo Google Street View.
Apesar de o Google afirmar valorizar a transparência e assegurar que esses incidentes foram resolvidos, o volume e a variedade de ocorrências listadas no vazamento suscitam dúvidas quanto à capacidade da empresa de salvaguardar adequadamente as informações pessoais dos consumidores.
Além disso, foram identificados outros problemas, como o vazamento de informações de pagamento de empregados através do software de uma agência de viagens e a publicação acidental de arquivos do Docs. Tal conjunto de práticas ampliou as conversas sobre privacidade e refletiu na maneira como os usuários enxergam e confiam no Google.
Com histórico de problemas envolvendo vazamentos de dados, a empresa se vê novamente em meio a questionamentos sobre suas metodologias de coleta de dados. Essas recentes descobertas corroboram a urgência de revisões nos protocolos de privacidade e na transparência no manuseio de informações por grandes corporações tecnológicas.
À medida que cresce o conhecimento público sobre essas questões, o Google precisa demonstrar como pretende melhorar suas práticas e reconquistar a confiança dos usuários quanto à segurança de seus dados, num momento onde as informações pessoais nunca foram tão valiosas e vulneráveis.