Governo Publica Relatório Extemporâneo de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias; Veja Destaques
O governo brasileiro divulgou, nesta terça-feira (30), um Relatório Extemporâneo de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, que revela a previsão de uma redução no bloqueio orçamentário. O documento destaca uma redução de R$ 1,7 bilhão em relação ao quinto bimestre, passando de R$ 19,3 bilhões para R$ 17,6 bilhões. Essa mudança visa alocar melhor os recursos disponíveis e garantir o cumprimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2024.
O Impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal
Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), se ao final de um bimestre os indicadores de receita apontarem para a possibilidade de não cumprimento das metas fiscais, os poderes legislativo e executivo, assim como outras entidades federais, devem limitar empenhos e movimentação financeira de acordo com critérios estabelecidos na LDO. No atual cenário, a meta de resultado primário para 2024 foi fixada em zero, com um intervalo de tolerância que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões.
Ao final do quinto bimestre, o déficit estimado foi de R$ 27,7 bilhões, que não ultrapassa o limite inferior, evitando assim um contingenciamento adicional. Isso representa uma melhoria significativa de R$ 989,8 milhões em relação às avaliações anteriores.
Mudanças na Projeção de Receitas
O relatório não trouxe novas atualizações nas estimativas de receitas, exceto pela previsão de ingresso de R$ 2,7 bilhões do programa “Desenrola Agência Reguladoras”, que contribuiu para a redução do déficit primário.
Redução do Bloqueio Orçamentário
A nuances do bloqueio orçamentário foram detalhadas no relatório, que especifica como os R$ 17,6 bilhões a serem bloqueados se distribuem entre os diferentes ministérios e setores. O bloqueio afetará principalmente as despesas discricionárias, como o auxílio Financeiro a Estados e Municípios.
Os principais Ministérios afetados pela nova programação orçamentária incluem:
- Ministério da Educação: R$ 3.041,3 milhões
- Ministério da Saúde: R$ 4.388,8 milhões
- Ministério das Cidades: R$ 2.471,6 milhões
O ministério que lidera a alocação dos bloqueios é o da Educação, seguido pela Saúde e pelas Cidades. O governo deverá seguir os trâmites legais e burocráticos determinados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, delegando aos órgãos como e onde realizar os cortes necessários.
Considerações Finais
O Decreto de Programação Orçamentária e Financeira indica que todos os cortes devem respeitar as obrigações e garantias às políticas públicas, preservando o atendimento às necessidades da população. Com esses movimentos, o governo parece determinado a garantir a responsabilidade fiscal e a transparência na administração dos recursos públicos.
Perguntas Frequentes:
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O que é o Relatório Extemporâneo de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias?
- É um documento elaborado pelo governo que analisa as receitas e despesas estimadas, permitindo ajustes no orçamento conforme necessário, visando o cumprimento das metas fiscais estabelecidas.
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Qual é o principal objetivo da redução do bloqueio orçamentário?
- A redução do bloqueio busca permitir uma melhor alocação dos recursos disponíveis e garantir o cumprimento das metas fiscais estabelecidas pela LDO para o ano de 2024.
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Como a Lei de Responsabilidade Fiscal influencia o bloqueio de despesas?
- A LRF determina que, se as receitas previstas não forem suficientes para cumprir as metas fiscais, o governo deve implementar limitações orçamentárias para evitar déficits excessivos.
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Qual foi a principal alteração nas estimativas de receitas no relatório?
- A principal alteração foi a previsão de ingresso de R$ 2,7 bilhões do programa “Desenrola Agência Reguladoras”, que ajudou a reduzir o déficit primário estimado.
- Quais ministérios foram mais impactados pelos bloqueios orçamentários?
- Os Ministérios mais impactados incluem Educação, Saúde e Cidades, que receberam os maiores valores de bloqueio em suas dotações orçamentárias.