O Grupo Embracer, uma das maiores empresas da indústria dos videogames na Suécia, enfrentou desafios significantes nos últimos meses, com uma série de demissões e reorganizações radicais em sua estrutura. Em resposta às pressões e necessidades emergentes, a companhia está fazendo mudanças estratégicas, incluindo a adoção de inteligência artificial (IA) como parte central do processo de desenvolvimento de seus jogos.
Em seu último comunicado anual, o Grupo Embracer delineou planos para integrar IA no design de jogos, destacando a capacidade da tecnologia em “melhorar grandemente o desenvolvimento de jogos, intensificando a eficiência, o comportamento inteligente, a personalização, e a otimização das experiências de jogadores.” No conturbado cenário de crescentes ondas de despedimentos e encerramentos de estúdios, a Embracer assegura que o propósito da integração de IA não é de substituir a criatividade e o valor humano, mas sim de complementá-los, fortalecendo o trabalho dos seus colaboradores.
Tomas Hedman, Chefe de Privacidade e Governança de IA do grupo, enfatiza que a visão da Embracer é de aproveitar IA como uma ferramenta para criar jogos mais imersivos e personalizados, e não como um substituto para seu pessoal. “Não queremos trocar as pessoas por IA, mas sim capacitá-las”, afirma Hedman, reforçando uma abordagem centrada na humanidade ao explorar as oportunidades que a IA oferece.
Os modelos de IA estão cada vez mais sofisticados, e pode-se tirar partido da sua capacidade durante o processo criativo, como por exemplo na deteção de inconsistências de enredo e na narrativa. As aplicações de IA prometem revolucionar as práticas internas do desenvolvimento de videojogos, desde a escrita de guiões até ao controle de qualidade e geração de ideias.
Apesar das dúvidas que persistem quanto ao alcance completo das aplicações de IA na indústria dos jogos, é indiscutível que seu uso está em crescente expansão, com cada vez mais estúdios observando o potencial dessa tecnologia. E como o CEO da Larian Studios, Swen Vincke, apontou, enquanto a IA pode acelerar algumas tarefas, ela não pode substituir o lado criativo essencial dos desenvolvedores.
À medida que a tecnologia continua a avançar, o Grupo Embracer destaca-se como um exemplo de como as empresas podem adaptar-se e utilizar a IA para impulsionar a inovação mantendo o foco na importância inalterada das pessoas no setor de videogames.
