A aguardada produção “Hit Man” da Netflix cativou espectadores ao retratar a fascinante vida de Gary Johnson, um policial de Houston especializado em trabalho de infiltração tão bem-feito que ganhou a alcunha de “O Laurence Olivier da área”. No entanto, a curiosidade dos fãs transborda da ficção para a questão vital: a história é verídica?
Surpreendentemente, a singularidade das operações de Johnson é baseada em autênticas ações de um agente encoberto, cujo trabalho notável na criação de operações de armação para prisão de pessoas visando cometer assassinatos por encomenda é tão impressionante quanto roteiros de cinema. Tomando o texto da Texas Monthly, escrito por Skip Hollandsworth como base, “Hit Man” entrelaça a realidade e a ficção, apresentando um Gary Johnson adaptado para as telas interpretado por Glen Powell.
Neste universo dramatizado, Johnson frequentemente assentia em ser um assassino profissional e elaborava cenários de assassinatos, que jamais ocorriam, para encenar para seus “clientes”. A simulação culminava então na prisão dos suspeitos pela polícia real. E, ao longo de sua clandestina e incomum jornada, Gary nunca realmente ceifou nenhuma vida.
O filme traz nuances sentimentais pouco prováveis na história de Gary Johnson, como o envolvimento amoroso com Maddy Masters – uma figura inexistente na história real. Todavia, sua humanidade é posta em destaque quando, quebrando os limites habitualmente rigorosos de protocolos da polícia, assiste uma mulher em aflição a se refugiar de um parceiro violento – oferecendo um vislumbre do homem por detrás do disfarce.
Gary Johnson, cuja história verdadeira é de valentia tão fascinante quanto um personagem de ficção, transitou as vidas de falso assassino a professor de psicologia e sexualidade humana antes de passar em 2022, lembrado por colegas e alunos não apenas pela sua destreza em mascarar sua identidade, mas também pela gentileza discreta que contradizia sua fachada severa.
“Hit Man”, já disponível na Netflix, é mais que um mero entretenimento. É um testemunho da mente enigmática de Gary Johnson e da linha violeta onde a verdade e a ilusão dançam uma dança perigosa e sedutora – uma história real adornada pela magia da sétima arte. Para os aficionados por misturas de veracidade e imaginação, esta produção é um prato cheio a ser degustado.
