Pequim, China – Numa relevante iniciativa de cooperação internacional, Brasil e China consolidam sua expertise tecnológica com a assinatura da Declaração Conjunta de Intenções para a construção conjunta do satélite CBERS-5. Na VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), as partes envolvidas, incluindo representantes de alto escalão dos dois países, confirmaram o interesse mútuo em avançar o programa espacial bilateral.
O satélite CBERS-5, cujo desenvolvimento se destaca por seu caráter meteorológico geoestacionário, é projetado para manter uma observação fixa sobre a região do Brasil. Essa tecnologia geoespacial busca aprimorar a capacidade nacional em prever e monitorar eventos extremos do clima, como enchentes, tempestades e secas, elementos cada vez mais frequentes no cenário das mudanças climáticas.
Foi durante a cerimônia em Pequim que figuras como o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, representando a ministra Luciana Santos, formalizaram o compromisso ao lado de Clezio De Nardin, diretor do INPE, e oficiais da Administração Espacial Nacional da China (CNSA).
O CBERS-5 representa o contínuo sucesso da parceria que deu origem aos satélites como CBERS-1 a CBERS-4A, e agora avança para a fase de discussão técnica entre o MCTI e a CNSA, planejando até novembro definir as respectivas responsabilidades na construção do satélite.
Luciana Santos, ministra brasileira, enalteceu o projeto como um marco disruptivo para a ciência, tecnologia e inovação do país, destacando a entrada do Brasil no time seleto de nações produtoras de satélites geoestacionários e a soberania que o país alcançará com a obtenção de dados meteorológicos próprios.
O governo federal ressalta seu papel de responder científica e tecnologicamente aos crescentes desastres naturais, enfatizando a importância de dados em tempo real para a prevenção e minimização dos impactos destas catástrofes.
Inácio Arruda e Clezio De Nardin também realçaram os benefícios mútuos dessa aliança estratégica, que transcenderão para a saúde, as energias renováveis, o planejamento urbano e a agricultura, e terão um papel chave na meteorologia e observação climática. Com uma visão de compartilhamento, o INPE pretende liderar um centro latino-americano de previsões climáticas baseado nas informações fornecidas pelo CBERS-5.
A colaboração internacional assume uma postura de integração e apoio entre nações, com o Brasil e a China dando mais um exemplo de como a cooperação é essencial para o crescimento coletivo e o enfrentamento de desafios ambientais e tecnológicos globais.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
