O aclamado filme de suspense “Sob as Águas do Sena”, que tem feito sucesso no catálogo da Netflix, está no centro de um turbilhão legal na França. A produção, que retrata um Paris assombrada por uma criatura aquática enquanto prepara-se para um grande evento esportivo, é alvo de sérias alegações que ameaçam a reputação dos seus criadores e da própria plataforma de streaming que a distribui.
Roteiro sob disputa: Acusações de plágio caem sobre produção da Netflix
O cenário de controvérsia foi instaurado pelo escritor e cineasta francês Vincent Dietschy. Segundo ele, a premissa de “Sob as Águas do Sena” carrega semelhanças incontestáveis com um projeto que ele vem desenvolvendo desde 2011, intitulado “Silure”. Dietschy relata, em documentos datados de 2014, o seguinte enredo: uma jovem policial parisiense encara um monstro aquático ameaçador enquanto a cidade vive a tensão de sediar os Jogos Olímpicos.
De acordo com Dietschy, sua obra inacabada e não financiada, foi apresentada a vários produtores ao longo dos anos, e ele aponta coincidências notáveis entre “Silure” e o enredo do filme da Netflix. Ambas histórias se convergem em três pontos principais: um monstro aquático atacando Paris, sua relação com uma grande competição esportiva, e o papel central da brigada fluvial.
Luta legal: Cineasta busca justiça e suspensão do filme
Após várias tentativas fracassadas de entrar em acordo com os responsáveis pelo projeto da Netflix, Dietschy optou pela via legal e ingressou com um processo por plágio e concorrência desleal. Ele busca não apenas o reconhecimento de seus direitos autorais mas também medidas judiciais para suspender a difusão do filme “Sob as Águas do Sena” até que um veredito seja atingido.
Defesa da produção: Produtores de “Sob as Águas do Sena” refutam as revindicações
Enquanto a controvérsia se desenrola nos tribunais, os criadores do filme mantêm-se inabaláveis. Edouard Duprey, produtor do filme, negou veementemente ter conhecimento do projeto de Dietschy ou de qualquer similaridade entre as obras. Em sua defesa, ele afirma ter desenvolvido um produto audiovisual original e insiste na ausência de qualquer contato prévio com Dietschy ou seu trabalho.
O diretor Xavier Gens expressou uma certa exasperação com o caso, sugerindo que alegações de plágio se tornaram um lugar comum na indústria e salientando que, em contraste com Dietschy, sua equipe trabalhou intensamente para levar “Sob as Águas do Sena” à vida, marcando sucesso tanto na crítica quanto entre o público.
Enquanto aguardamos os desdobramentos na justiça francesa, “Sob as Águas do Sena” se mantém disponível para os assinantes da Netflix, carregando consigo não apenas o mistério da trama mas também o suspense que agora envolve sua própria produção.
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