Em recentes declarações, o criador e protagonista de “Baby Reindeer”, Richard Gadd, buscou esclarecer uma vez mais a linha entre ficção e realidade no que diz respeito aos personagens de suas obras. De acordo com Gadd, o show deve ser interpretado como uma expressão artística e não um convite para a identificação e exposição real das pessoas nas quais os personagens podem ter sido vagamente inspirados.
Gadd, que se tornou uma figura bastante conhecida após o lançamento da série, discutiu com o The Hollywood Reporter sobre sua carreira e os temas por trás de “Baby Reindeer”. O tema das identidades reais dos personagens ganhou destaque após Fiona Harvey, uma mulher de 58 anos graduada em direito, ser apontada como a “verdadeira Martha”, personagem interpretada por Jessica Gunning.
Ainda que a curiosidade do público seja grande, Gadd mantém-se firme em sua posição: “Não posso confirmar ou negar nada relacionado às pessoas da vida real nas quais os personagens da série são baseados,” afirmou ele, ressaltando que o foco deve estar na obra em si e não em possíveis contra-partes na vida real. O criador também mencionou rumores infundados que afetam até mesmo pessoas próximas, como o diretor britânico Sean Foley, que foi injustamente especulado como a inspiração para um dos personagens.
Richard Gadd enxerga o meio online como um espaço onde investigações e especulações acontecem de modo autônomo, afirmando que “a internet sempre fará seu trabalho”. Ele pede aos fãs que não persigam ou especulem sobre as possíveis inspirações reais para os personagens, pois isso desvia a atenção do propósito artístico da série.
Com estas declarações, Gadd destaca o seu nome e a criação fictícia de Donny Dunn como entidades que existem dentro de uma realidade artística e não buscam trazer à superfície pessoas da vida real envolvidas, realçando que, se tal fosse a intenção, teria optado por produzir um documentário ao invés de uma série dramatizada.
A posição firme do criador em não alimentar tais debates vem em resposta à onda de especulação online que tem cercado “Baby Reindeer” e seus personagens desde o lançamento. Gadd deixa claro que a apreciação deve se manter no campo da arte, reforçando a separação entre a criação fictícia e a realidade.
