sexta-feira, junho 21, 2024
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Série documental da Netflix expõe as práticas polêmicas do culto TikTok 7M

A mais recente série documental sobre crimes reais da Netflix, “Dancing for the Devil: The 7M TikTok Cult”, vem causando grande repercussão entre o público pela sua investigação profunda de alegações inquietantes. A obra examina a 7M Films, uma agência com base em Los Angeles que gerencia dançarinos do TikTok, dirigida por Robert Shinn – pastor da Igreja Shekinah.

Conforme relatos de ex-participantes do projeto 7M, expostos no documentário, Shinn exercia um rigoroso controle sobre os dançarinos, chegando a coagi-los a entregar uma significativa parte dos seus ganhos para a igreja. Uma das práticas mais criticadas envolve o preceito de “morrer para si mesmo e para a família.”

O caso de Miranda Derrick, uma integrante proeminente do grupo cuja família a acusou de ser influenciada por um culto, é emblemático. Em 2022, sua família fez um apelo preocupante nas redes sociais, relatando a falta de contato e a estranha postura de Miranda em não comparecer ao funeral de seu avô, justificada por ela como parte do processo de “morrer para si mesma”.

Testemunhos fornecidos pela ex-dançarina Aubrey Fisher explicam que esse conceito se referia a renunciar às próprias necessidades em prol da vida em comunidade, algo que seria recompensado com a “ressurreição”. As palavras de Shinn captadas em um de seus sermões amplificam essa mensagem, indicando que um verdadeiro discípulo deveria abandonar os sentimentos por seus parentes.

As estratégias utilizadas pelo 7M e seu líder preocuparam os espectadores, sobretudo quanto às mudanças de postura de Shinn, que eventualmente incentivou a comunicação dos dançarinos com suas famílias após o abandono de alguns membros. Comentários em fóruns como o Reddit expressam mal-estar diante dos métodos do grupo, especialmente a ideia de se afastar da própria família.

O documentário também revela as práticas financeiras da organização, que exigia um dízimo considerável dos ganhos dos participantes, acrescido de várias outras ofertas, taxas e impostos, deixando-os com pouco ou nenhum lucro de suas atuações como dançarinos influentes na plataforma TikTok.

“Dancing for the Devil: The 7M TikTok Cult” já está disponível na Netflix e faz parte do crescente interesse por histórias de crimes verdadeiros no mundo do streaming, uma tendência que provoca reflexão sobre os riscos de seitas e cultos disfarçados de movimentos de autoajuda ou espiritualidade contemporânea.

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Alan
Alanhttps://tecmania.com.br
Apaixonado por tecnologia e viciado em séries, que escreve para o TecMania nas horas vagas. Jogador amador de Fortnite que nunca aprendeu a construir no game rs.
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